Tradição, sustentabilidade e meio ambiente foram os assuntos principais abordados durante a 3ª edição do Fórum Virtual Tradição & Sustentabilidade, promovido pela Secretaria do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (Sedur), nesta terça-feira (23/11), que reuniu aproximadamente 75 estudantes.
O encontro, que pelo segundo ano consecutivo ocorreu no formato híbrido, foi idealizado pela Coordenadoria de Proteção Ambiental (CPA), através do Programa IGI, visando celebrar a culminância do trabalho desenvolvido desde o início de março deste ano, com os alunos do curso técnico de Meio Ambiente, vinculados ao Centro Territorial de Educação Profissional da Região Metropolitana (Cetep).
O Fórum foi aberto pelo subsecretário da Sedur, Arnaldo Brito, que fez o acolhimento dos estudantes. “Queria dar as boas-vindas a todos vocês, mas, queria também parabenizar a equipe da CPA e do Programa IGI pela iniciativa. Tenho certeza que será um dia muito rico e produtivo”, destacou.
Logo em seguida, o idealizador João Borges, deu sequência ao acolhimento. “Hoje é um dia de alegria, estamos pré-lançando o nosso documentário. O lançamento oficial será no dia 29 deste mês, nas redes sociais da Sedur. No mais, agradeço aos nossos convidados pela disponibilidade. Espero que vocês desfrutem de tudo que será debatido aqui hoje”, finalizou.
Representando a Secretaria da Educação (Seduc), Hosana de Sousa, professora da rede municipal de ensino, parabenizou pela atividade proposta. “Uma temática fundamental para todos nós. Fico feliz em ver que a cada ano esse debate cresce. No contexto da educação, essa ação se torna mais do que especial. Parabéns à Sedur e a todos os envolvidos”, disse.
Ainda no período da manhã, uma roda de diálogo com os especialistas Jucelho Cruz, Pajé Renata e Ana Amélia Santos, abordou sobre natureza e tradição. Na ocasião, a professora Ana Amélia falou sobre natureza. “A natureza para o povo africano, o povo de santo, é tudo. Costumo dizer que, sem folha não tem festa. São elementos fundamentais para nossa relação com o sagrado”, afirmou.
Na ocasião, o biólogo e professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e representante do povo cigano, Jucelho Cruz, abordou um pouco sobre a história e tradição. “Eu sou o primeiro cigano na Bahia a concluir o ensino superior. Começamos a nos ascender, buscando a garantia dos nossos direitos. Nós, historicamente, fomos excluídos de muitas coisas. Estou muito contente com esse convite. Isso para nós, significa inclusão. É o momento de falarmos sobre nós e isso é muito valioso. Nunca tivemos isso”, enfatizou.
Ao abrir o espaço para os estudantes, Camila Santana elogiou. “Achei muito interessante o conteúdo. Aprendi muita coisa aqui que não tinha conhecimento. E por falta dele, poderia agir de forma errada ou até mesmo irregular. Estão de parabéns! ”
O momento final da programação matutina foi marcado por uma mesa redonda, composta pelos técnicos da Sedur, Cláudio Rebouças, Gilberto Campos e João Leal, que explicaram sobre gestão pública ambiental e o trabalho desenvolvido pela Diretoria Ambiental. “O grande problema aqui em Camaçari é o grande número de áreas verdes que são ocupadas de forma irregular. O Meio Ambiente é transversal. Começamos em 2010 a licenciar aqui no município, foi quando tivemos a regularização”, explicou o diretor ambiental, Cláudio Rebouças.
No período da tarde, os alunos, divididos em quatro grupos, apresentaram projetos construídos com foco no processo de formação da Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável de Povos e Comunidades Tradicionais, que foram avaliados pelo Grupo de Gestores Públicos do município e por professores do Cetep. Os temas foram: Horta Comunitária do Quilombo de Cordoaria; Sustentabilidade das Comunidades de Terreiros de Candomblé; Fossas sépticas e Wetland na Comunidade Quilombola de Cordoaria.
O Fórum Virtual Tradição & Sustentabilidade, que foi marcado pelo debate em torno de temas como meio ambiente, sustentabilidade e tradição, contou ainda com a participação de representantes de povos e comunidades tradicionais, de matriz africana e ativistas ambientais.
Fonte: Prefeitura Municipal de Camaçari
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