A Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) aprovou nesta quinta-feira (27), por unanimidade, o projeto de lei do executivo que prevê a criação da Companhia Baiana de Insulina, a BahiaInsulina, estatal que vai produzir medicamentos para tratamento e controle do diabetes. Com um investimento de R$ 200 milhões, subsidiados pela empresa ucraniana Indar, será o primeiro laboratório do país – e o primeiro do Hemisfério Sul – a produzir insulina, reduzindo a necessidade de importação do hormônio da Europa e dos Estados Unidos.
“Não só a Bahia, mas o Brasil todo ganha e fortalece o combate à diabetes, com a produção mais acelerada e barata da insulina“, comentou Júnior Borges.
“Houve um debate muito intenso na Alba a respeito da implantação da nova estatal, mas contamos, mais uma vez, com a maturidade política das bancadas da Situação e, sobretudo, da Oposição para defender, em primeiro lugar, os interesses do povo baiano. A BahiaInsulina será importantíssima para, pelo menos, 12 milhões de brasileiros – e mais de 200 mil baianos – com diabetes e que necessitam do hormônio”, defendeu o presidente da Alba, o deputado Nelson Leal, que comandou a votação do Projeto de Lei 23.944/2020.
O diabetes é diagnosticado quando existe baixa produção de insulina pelo pâncreas, o que leva a um aumento considerável e muito perigoso da taxa de açúcar no sangue. Depois da hipertensão, é a doença que mais atinge a população brasileira. A Bahiainsulina irá utilizar a bactéria Escherichia Coli para produzir a substância, emulando um hormônio semelhante ao produzido naturalmente pelo corpo humano.
O líder da Oposição, deputado estadual Sandro Régis (DEM), elogiou o projeto e ressaltou que o mais importante é a preocupação com a saúde e a vida. “Não concordamos somente com a redação do artigo 17º, que permitia que a BahiaInsulina pudesse participar do capital de outras empresas públicas ou privadas, sem autorização da Assembleia Legislativa. Mas, quanto ao mérito, o diabetes é uma doença que precisa do nosso combate incessante. Em três anos, a Bahia poderá produzir insulina mais barata e mais rapidamente”, justifica Régis.
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