“Revogação do REIQ coloca em risco 30 mil empregos na Bahia”, diz Júnior Borges

A decisão do presidente Jair Bolsonaro (PL) em revogar o Regime Especial da Indústria Química (REIQ), por medida provisória imediata, pegou toda a nação brasileira de surpresa no último dia do ano de 2021. A extinção prejudica quase 20 empresas no Brasil e coloca sob risco 85 mil empregos em todo o país. Na Bahia, o presidente da Câmara Municipal de Camaçari, vereador Júnior Borges (DEM), destaca que serão 30 mil postos de trabalho impactados.

“Fomos pegos de surpresa quando tomamos conhecimento dessa revogação do REIQ, assim como foi em 11 de janeiro de 2021, quando a Ford anunciou a paralisação de suas atividades de forma desrespeitosa. Em julho do ano passado, pactuamos um acordo que foi votado e aprovado no Congresso, que só em 2025 teríamos a revogação de forma gradativa, não abrupta como foi agora”, relatou o chefe do Legislativo de Camaçari, durante entrevista na rádio Nova Brasil FM, na manhã desta segunda-feira (10).  

Questionado pelo editor-chefe do Portal M!, Osvaldo Lyra, sobre o que representa o REIQ, o vereador Júnior Borges frisou que o Regime Especial da Indústria Química permite ter condições de competir com a indústria norte-americana. “Em 2013 foi editado uma lei que criou compensações, incentivos fiscais, para que a indústria brasileira tivesse competitividade no setor químico com os outros países”, explicou.  

Para Júnior, que mobilizou ao longo do anos lideranças políticas e administrativas das esferas estadual e federal a favor da manutenção do benefício fiscal até 2025, a decisão abrupta do presidente da República de revogar o REIQ foi totalmente desrespeitosa. “A insegurança política gerada com essa MP é gritante. Estamos falando de 85 mil empregos em risco. Não é algo para deixar pra lá”, disparou o edil.

 “O emprego na Bahia está sobre ataque. É necessário que a classe política se una, com o sentido de garantir os 30 mil empregos do povo baiano. Estamos vivendo a inércia dos governantes e meu interesse é cuidar da empregabilidade, da garantia e da manutenção do emprego do povo da Região Metropolitana. Chamo atenção da Bahia, dos interlocutores políticos, para abraçar e dar apoio a esse movimento idealizado por Camaçari e Salvador, para buscar a reparação, para o presidente repensar e o congresso nacional derrubar essa MP”, concluiu. 

Confira entrevista 

Fonte: Portal Muita Informação

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