Há mais de um ano, os brasileiros estão em isolamento social, e aqueles que atuam em serviços considerados essenciais seguem no dia a dia das cidades, as quais tiveram sua rotina alterada e trazem um ponto comum a todos: o medo da contaminação pelo coronavírus. Diante desse novo fluxo de vida, a saúde mental passou a figurar como uma área que demanda maior zelo e atenção por parte das pessoas.
“Muitos estudos comprovam problemas psicológicos adquiridos a partir de desastres naturais, como uma pandemia. Nós devemos cuidar de nós mesmos e dos que nos cercam também. Mesmo com a rotina cheia, devemos tirar um tempinho para relaxar a cabeça, praticar algum exercício físico e nos mantermos firmes, pois venceremos”, acrescentou Júnior Borges.
Dados de um estudo realizado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e publicado pela revista The Lancet, mostraram que os casos de depressão aumentaram 90%, e o número de pessoas que relataram sintomas como crise de ansiedade e estresse agudo mais que dobrou em 2020. A psicóloga do Sistema Hapvida Marta Érica explica como é possível driblar essa realidade e tentar manter a mente mais calma em relação às adversidades do momento.
“Seja gentil consigo e com os outros, procure a busca pelo autoconhecimento e acrescente momentos prazerosos na rotina, como realização de atividade física, meditação, adquirir um novo hobby ou até mesmo fortalecer relações familiares e sociais, podem ser pontos de ajuda”, sugere a especialista.
De acordo com Marta, devido ao aumento na demanda de algumas profissões, há um agravamento do nível de tensão sobre os profissionais, ocasionando o surgimento de sintomas como exaustão; desgaste físico e mental; cefaleia frequente; disfunções alimentares; sono não restaurador; insônia; baixa concentração e instabilidade emocional.
De maneira geral, a especialista chama atenção para a necessidade de ações preventivas que evitem o surgimento de problemas psicológicos. “Caracterizada por um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, a Síndrome de Bornout pode ser desenvolvida em casos de alta demanda no ambiente de trabalho. É importante que os líderes estejam atentos e, sempre que possível, permitam uma valorização ao profissional. Além disso, nas horas vagas, a pessoa precisa de tempo para exercer atividades prazerosas”, aponta.
Fonte: Destaque1
Seja o primeiro a comentar