Festejos em homenagem à Iemanjá são cancelados em toda a costa

As águas salgadas de Arembepe, Jauá e Itacimirim não receberão as flores, perfumes e ornamentos que tradicionalmente são oferecidos à Iemanja – rainha do mar-, no dia 2 de fevereiro. Este ano, devido a pandemia do coronavirus, a Prefeitura de Camaçari, através da Coordenação de Eventos e as comissões organizadoras dos presentes não irão realizar o evento que é tradição nas localidades.

“Nós sabemos da importância das nossas festividades religiosas, mas precisamos, nesse momento, focar nas vidas a serem preservadas, para que nos próximos anos possamos fazer uma festa ainda maior.” Júnior Borges.

Em Arembepe, a tradicional festa dará lugar a uma celebração mais intimista, realizada apenas por seis membros da comissão organizadora. “Com certeza a decisão foi muito acertada, não podemos vacilar, afinal, o vírus ainda está circulando e causando muitas perdas. Apesar de celebrado de forma intimista, Iemanjá não deixará de receber sua oferenda”, diz o coordenador de Eventos, Luís Mario.

A decisão é apoiada pelos organizadores do Presente de lemanjá de D. Lindaura. “Nós temos consciência do cuidado que está sendo tomado pela nossa gestão até porque é uma determinação que também vem de Governo. Faremos só a entrega do presente de forma intima apenas para não deixar de reverenciar a orixá’, diz Rosana Almeida, integrante da diretoria do Presente de Iemanjá de D. Lindaura.

Além de presente de Janaina, como também é chamada a divindade, o pequeno grupo também levará outro presente para o alto mar. “Iremos presentear Marujo que também mora nas aguas salgadas. Levaremos tudo que ele gosta, no mesmo barco que levará os mimos de Iemanjá. Só faremos mesmo a nossa obrigação religiosa”, reforça Rosana.

Para evitar que a determinação seja descumprida, a prefeitura se encarregará de fiscalizar todas as praias, para garantir que as pessoas cumpram a determinação. “A recomendação serve para toda a costa da nossa cidade. Infelizmente é uma medida necessária, não podemos vacilar com a Covid. É uma ação dolorosa, para que no próximo ano, quem sabe, possamos celebrar a data juntos”, finaliza Luiz Mario.

Fonte: ASCOM PMC