Três meses antes do fim do mandato de Jaques Wagner (PT), o Gabinete do Governador contratou por R$ 768 mil, sem licitação, uma agência de viagens para comprar passagens e fazer reservas em hotéis durante seis meses.
Além do prazo, que se estende para a futura administração, e da falta de processo licitatório em um ramo conhecido pela concorrência feroz, o negócio traz detalhes no mínimo interessantes. A empresa que levou o contrato, a SS Viver Tour, experimentou um fenômeno de crescimento na gestão petista. É o que informa o Portal de Transparência da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz).
Em 2009, a SS faturou apenas R$ 691 mil no governo. No ano seguinte, a conta subiu para R$ 1,29 milhão. Em 2011, 2012 e 2013, as transações somaram, respectivamente, R$ 2,76 milhões, R$ 3 milhões e R$ 3,3 milhões.
Este ano, o montante recebido pela agência, registrada como microempresa na Junta Comercial chegou a R$ 5,8 milhões, quase o dobro do anterior. A Satélite procurou a assessoria de imprensa do governador para saber os motivos da dispensa de licitação e obter detalhes sobre a vigência do contrato, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.
Coluna Satélite/Correio
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