No Brasil, 5 mulheres são espancadas a cada dois minutos (FPA/Sesc). Em Camaçari, mais de 5 mil mulheres foram atendidas pelo Centro de Referência e Atendimento à Mulher Yolanda Pires (CRAM), vítimas de algum tipo de violência doméstica. Com o período de isolamento social, necessário para o combate à COVID-19, esse cenário tem sido agravado e a formalização das denúncias tornou-se um grande obstáculo para muitas vítimas.
Diante desse cenário e pensando em um canal mais silencioso, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) lançaram no início do mês (10/6) a campanha Sinal Vermelho para a Violência Doméstica. A iniciativa tem como foco ajudar mulheres em situação de violência a pedirem ajuda nas farmácias do país.
“O X na mão será um código entre a mulher vítima de violência e a farmácia parceira, que ao identificar a situação realizará a ligação para encaminhar e ajudar a vítima, de maneira silenciosa. Esta é uma campanha que tem meu apoio total e precisa ter também o apoio de toda a sociedade. A violência contra a mulher é um problema de todos nós, não podemos legitimar, precisamos ajudá-las a romperem com esse ciclo.”, explicou Júnior Borges
Em muitos casos, a farmácia é um dos poucos lugares que a mulher consegue ter acesso durante a pandemia. Com um “X” vermelho na palma da mão, feito com caneta ou um batom, a vítima sinaliza que está em situação de violência. Com o nome e endereço da mulher em mãos, os atendentes das farmácias e drogarias que aderirem à campanha deverão ligar, imediatamente, para o 190 e reportar a situação. 10 mil farmácias e drogarias aderiram à campanha em todo o país. Confira aqui a lista.
Além do apoio à campanha, o vereador Júnior Borges (DEM) criou o Projeto de Lei nº 012/2020, que tem como objetivo a criação de um programa de capacitação nas unidades de saúde, um protocolo de atendimento e uma rede integrada para fazer o acolhimento de mulheres vítimas de violência doméstica. O projeto em tramitação será analisado pelas devidas comissões.
“É importante que a mulher vítima de violência doméstica encontre uma rede de apoio integrada com a área de saúde e social para acolhê-la e oferecer todo o suporte necessário”, justificou Júnior Borges.
Assista a Live Completa sobre Violência Doméstica e Isolamento Social (11/6)
Seja o primeiro a comentar