Depois de procurar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Nova Aliança e não conseguir o atendimento, dona Flora Campos dos Santos, 33 anos, resolveu fazer um protesto em frente ao posto de saúde. Acompanhada do marido, Edielson Silva de Aquino, 43, e alguns moradores do bairro, ela bloqueou a rua com pedaços de madeira, galhos e pedras. Flora ainda ateou fogo em alguns galhos misturados com papel, plástico e vegetação seca.
A moradora do bairro do Verde Horizonte contou que já tinha tentado atendimento na UPA por três vezes e não havia conseguido. Ela procurou o médico porque alegou que estava com dor e falta de ar há alguns dias, mas, segundo a paciente, os atendentes informaram que só poderiam atender casos mais graves. “Eles disseram que tinha médico e só atendiam se fosse esfaqueado ou baleado, fora isso não atendiam”, destacou.
Como não tem carro, moto ou bicicleta e estava sem dinheiro para pagar o transporte do Verde Horizonte até o Phoc I, onde fica a UPA, ela foi levada pelo marido de carroça até a unidade, acompanhada ainda dos dois filhos. “Saí de longe com meu marido pra ser atendida, e não foi a primeira vez, chego aqui eles dizem que não podem me atender, não é assim não, eu tenho meus direitos”, disse.
Com a manifestação, segundo Flora, os profissionais da unidade de saúde voltaram atrás e a chamaram para dar início ao atendimento. “Logo eles souberam chamar o médico para me atender. Poderia ser diferente, mas eles só dão atenção quando é dessa forma”. Ela conseguiu fazer exame de raio-x e levou a receita médica para casa.
Assessoria de Comunicação
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