Quatro brasileiros representarão a juventude do país no Youth 20 – evento que antecede o encontro do Grupo 20, que este ano acontece na Indonésia, em Bali, no dia 15 de novembro. Os escolhidos para compor a delegação de brasileiros foram selecionados através de um processo seletivo aberto e gratuito realizado pelo Instituto Global Attitude. A participação no Youth 20 visa reivindicar pautas importantes para os jovens do Brasil e levar os tópicos às discussões internacionais na 17ª reunião de cúpula do G20.
Os delegados, todos com idade entre 20 e 30 anos, estão em fase de preparação e levantamento das sugestões e pontos a serem debatidos.
“O desafio é que não apenas precisemos pensar e discutir sobre diversas frentes, mas chegar em um consenso que seja prático e aplicável, para que isso seja colocado em prática pelos governantes e que isso represente a realidade dos jovens brasileiros”, afirma a delegada Karoline Muniz, 26 anos, de Florianópolis (SC).
Karolina é formada em Relações Internacionais, especialista em Transformação Digital e Coordenadora de Projetos no Social Good Brasil, levando educação de dados para jovens do Brasil.
O Y20 será realizado também na Indonésia entre 17 e 24 de julho. Nesta edição, o evento terá quatro temas principais a serem debatidos entre os integrantes dos países participantes: Emprego para a Juventude, Transformação Digital, Desenvolvimento Sustentável e Diversidade e Inclusão. Além de levantar questões pertinentes ao Brasil, os delegados, que já estão em preparação para o Y20, também percebem uma semelhança nos desejos da juventude dos outros países.
Estudante de Direito, com experiência em Sistemas Internacionais de Proteção de Direitos Humanos, Otávio Zucoli, 21 anos, de Londrina (PR), também é um dos representantes do Brasil no Y20. Durante o contato com representantes de outros países, ele conseguiu ver semelhança na reinvindicação da juventude brasileira.
“Muitas das pautas que eu estava pensando em levantar no debate também eram reivindicações dos delegados dos outros países. Percebo que a nossa geração está indo cada vez mais em direção ao mesmo objetivo: um futuro sustentável e inclusivo”, aponta.
A delegação buscou trazer ao debate internacional as minorias sociais da sociedade brasileira. Segundo Rafaela Prestes, coordenadora do projeto no Instituto Global Attitude, o objetivo era ‘sair da bolha’.
“Vamos ouvir a voz dos jovens e usar as reivindicações para criar medidas que possam ser aplicadas de forma inclusiva na sociedade, de acordo com a realidade de cada país, através de ações do governo, do Estado e do terceiro setor”, diz.
O Instituto Global Attitude é uma organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP), com sede em São Paulo, e assessora organizações, empresas e governos na promoção de cooperação internacional, inspirando, capacitando e fortalecendo processos transformativos no Brasil e no mundo.
Fonte: A Tarde
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