O presidente Michel Temer segue tentando encontrar um nome para substituir o agora ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima. Não será uma tarefa fácil, uma vez que o substituto terá diante de si uma agenda dura, amarga, de ajuste fiscal e reforma da previdência. Além disso, precisará conduzir uma base cindida, em polvorosa pela eleição para a Mesa Sucessora da Câmara, em fevereiro do ano que vem.
Alguns nomes surgem como cotados, mas aliados defendem que Temer não poderá ser apressado como foi na substituição de Marcelo Calero por Roberto Freire, processo que foi praticamente instantâneo.
Na bolsa de apostas aparecem: o atual líder do governo, André Moura (PSC-SE); os assessores especiais da Presidência, Tadeu Fillipelli, Sandro Mabel e Rodrigo Rocha Loures; o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA); e com menos chances, o secretário do Programa de Parceria do Investimento, PPI, Wellington Moreira Franco.
Uma outra alternativa seria uma fusão da Casa Civil com a Secretaria de Governo. Neste caso, Eliseu Padilha cuidaria da política macro – ele já trata, por exemplo, da reforma da previdência e das conversas com os empresários – e deixaria outro nome para cuidar da política no varejo.
A situação é tão crítica que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, cancelou a agenda em São Paulo e permaneceu em Brasília. Ainda assim, manteve linha direta com o empresariado e o mercado financeiro para assegurar que as mudanças de comando não vão interferir na condução do ajuste fiscal.
Fonte: Correio Braziliense
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