De cogumelos a carneiro seco; de frutas a arranjos florais. De tudo um pouco se encontra nas feiras itinerantes de Camaçari, que atualmente têm ocorrido na Gleba E, no Centro Administrativo, em Barra do Pojuca, Arembepe e em Jauá. As quintas-feiras, sempre das 5h30 às 12h30, é a vez da área verde em frente à prefeitura receber produtores da agricultura familiar que trazem sua produção para mais próxima da mesa do consumidor, com o suporte da Secretaria do Desenvolvimento da agricultura e Pesca (Sedap).
“Dar oportunidade ao pequeno comerciante local ajuda não somente as famílias que dependem disso, mas ganha também a economia da nossa cidade. A Prefeitura de Camaçari têm trabalhado para crescer junto à sua população.” Júnior Borges.
A secretaria garante a estrutura e montagem das atuais 58 barracas na frente da prefeitura, ainda que a média de comerciantes que participa da iniciativa nesse espaço é de 80 agricultores. A Sedap também se responsabiliza pelo transporte dos produtos dos 320 fornecedores cadastrados pelo órgão, que fazem parte de todas as feiras itinerantes.
A setorização é critério que orienta a organização desses agricultores, com a finalidade de dar ao cliente um mix de produtos diversificado. “A iniciativa das feirinhas permite que o pequeno produtor escoe a sua produção”, reconheceu o secretário Antônio Falcão.
Washington Santana e sua enteada, Nicole Chagas, são frequentadores assíduos da “feirinha da prefeitura”, como é carinhosamente chamada. “Toda quinta eu estou aqui. Moro no Dois de Julho e frequento aqui há sete anos. Acho muito interessante a inciativa, pois apoia produtores locais. Assim, gente já compra direto da mão de obra das pessoas daqui mesmo'”, considerou.
Segundo o secretário, para acelerar esse fluxo comercial. Camaçari opera com três programas de aquisição de alimentos, dentre os quais, um é de inciativa exclusiva do município, o que garante certo grau de autonomia à dinâmica da economia local, já que Camaçari fica menos dependente de programas federais e estaduais. “Quando iniciamos na gestão, aconteciam cinco feirinhas. Nós elevamos esse número para 14. Contudo, O cenário da pandemia da Covid-19, que nos exige muita cautela, fez com que suspendêssemos todas. Aos poucos vamos retomando todo o nosso potencial”, afirmou Falcão.
De olho na inovação e desenvolvimento de Camaçari, a Sedap está animada com a perspectiva da implantação de um polo agrícola no município. “Acreditamos nisso porque entendemos que Camaçari sempre foi conhecida como uma cidade industrial, mas esqueceram que temos 42 km de litoral, o que é uma força enorme para o turismo. Em segundo lugar, nós temos uma zona rural riquíssima em água, além de muito extensa. O prefeito quer investir nisso e hoje caminhamos nessa direção. A Câmara de Vereadores já aprovou esse projeto, pretendemos também criar uma escola agrícola, a fim de preparar o nosso povo aqui mesmo, em nosso município”, afirmou o secretário.
Jilian Conceição, moradora de Parafuso, acredita que investir na estrutura das feirinhas é uma oportunidade de melhorar aquilo que, para ela, é muito
mais do que exclusivamente um lugar de troca comercial. “Isso aqui é um acontecimento cultural, pois tem coisas orgânicas, que vêm da terra mesmo; coisas que o povo põe a mão na terra pra plantar no dia a dia”, considerou a frequentadora.
As feiras acontecem às quintas-feiras no estacionamento da prefeitura. Aos sábados no bairro da Gleba E, na sede, e em Barra do Pojuca, Arembepe e Jauá, na costa. Em todos os lugares o horário se mantém, começando às 5h30 e indo até 12h30.
A Sedap já sinaliza para o dia 2 de fevereiro o recadastramento de agricultores que desejem se manter nas feiras itinerantes, ou aderir a elas. Oportunamente a secretaria divulgará a documentação exigida e demais procedimentos necessários.
Fonte: ASCOM PMC
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