O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE) determinou na quinta-feira (2), por unanimidade, auditoria em 1.258 urnas eletrônicas que apresentaram defeitos na reta final das eleições. A inspeção está aberta a todos os partidos e coligações e será realizada a partir das 14h desta sexta-feira (3), em cada um dos 21 municípios onde os defeitos foram detectados.
A decisão de realizar a auditoria já havia sido antecipada pelo presidente do TRE, Lourival Trindade, em um encontro do representante da coligação oposicionista, o ex-deputado José Carlos Aleluia (DEM). “É necessário ser dada toda a transparência ao processo para que não haja a mínima suspeita sobre as eleições e não seja arranhada a imagem do tribunal”, afirmou Trindade.
No encontro que contou com a presença do corregedor eleitoral Fábio Bastos e advogados da coligação, ficou acordado que os representantes partidários poderão verificar as urnas de 21 zonas eleitorais, incluindo as de grandes e médias cidades, como Teixeira de Freitas, Camaçari, Simões Filho, São Francisco do Conde e Santo Amaro.
Em nota, o TRE explica que o defeito foi ocasionado pelo descarregamento das baterias das urnas e que o problema é comum em parte dos equipamentos, não representando anormalidade e não interferindo na segurança das eleições.
Ainda de acordo com o tribunal, esses problemas só não foram detectados nas inspeções técnicas porque as baterias descarregaram de forma parcial e não total, como é mais comum. O TRE informou também que os equipamentos com defeito fazem parte do lote de 7.904 urnas fabricadas em 2008. No total, a Bahia possui 37.641.
Em nota de esclarecimento, o juiz Fábio de Oliveira Cordeiro e a promotora Karinny Guedes, da 162ª Zona (São Francisco do Conde), disseram que, anteontem, a equipe técnica do TRE substituiu a bateria de todos os aparelhos que tiveram falhas e que as urnas foram religadas “a fim de confirmar a solução do problema, sendo identificado o bom funcionamento de todas as 134 unidades que compõem esta zona”.
“Como é de conhecimento público, o trabalho da Justiça Eleitoral brasileira tem se notabilizado pela eficiência na organização das eleições periódicas. Esta qualidade não ocorre em razão da inexistência de problemas, mas sim do fato de haver uma estrutura preparada para enfrentá-los com rapidez e segurança, como ocorreu na situação ora exposta”, conclui a nota.
Correio
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