A vacina contra a Covid-19 resultante da parceria entre o Instituto Butantan e uma indústria farmacêutica da China poderá ser produzida a partir de outubro, mas o presidente da instituição, Dimas Covas, prevê que só em janeiro de 2021 ela esteja pronta para distribuição. É o mesmo prazo dado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para produzir a vacina da Universidade de Oxford (Inglaterra).
“Desde o início da pandemia, muitos países pelo mundo começaram suas pesquisas para desenvolver a vacina contra esse vírus ainda pouco conhecido. O Brasil é um dos grandes no que se refere à pesquisas científicas e ficamos felizes por esses profissionais estarem trabalhando arduamente para conseguir essa cura tão necessária.” Júnior Borges.
Os passos da produção da Coronavac, com patente do laboratório chinês Sinovac e que será produzida pelo Butantan, foram detalhados nesta quinta-feira (6), em audiência pública da Comissão Externa da Câmara dos Deputados que examina as ações de combate ao coronavírus.
O presidente do Instituto Butantan explicou aos parlamentares que serão dois lotes iniciais de vacinas, com 15 milhões de doses cada um, vindos do parceiro asiático: o primeiro lote em seringas e o segundo em frascos multidoses. Quando a vacina passar a ser totalmente fabricada no País, a tecnologia será a mesma utilizada na vacina que está sendo desenvolvida para a dengue. Para isso, serão necessários investimentos de R$ 120 milhões na adaptação de uma fábrica do Butantan.
Segundo Dimas Covas, ainda não há previsão do custo final da Coronavac. As fases 1 e 2 da produção são de responsabilidade da China e a fase 3, a de estudos clínicos, está sendo realizada no Brasil, com 9 mil voluntários em 12 centros de pesquisa.
“Esperamos concluir este estudo clínico até o final de setembro e, portanto, a partir de setembro e outubro nós já estaremos nas fases de análises intermediárias. Podemos ter, já a partir de outubro, a demonstração da eficácia da vacina”, disse Costa.
Fonte: Agência Câmara de Notícias
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