O diretor de produção industrial e inovação do Ministério da Saúde, Eduardo Jorge Oliveira, é suspeito de ter ajudado uma empresa usada por doleiros a conseguir um acordo para produzir medicamentos em laboratórios públicos, segundo investigação da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. O acordo foi firmado em dezembro do ano passado, quando o ex-ministro Alexandre Padilha estava no comando da pasta.
E-mails interceptados pela PF revelam que o dirigente teria ordenado que a Labogen, empresa que tem folha de pagamento de apenas R$ 28 mil ao mês, se associasse com o maior laboratório do país, EMS. A polícia questiona o quê o gigante farmacêutico ganharia com a ligação com a pequena empresa, que nem ao menos possui licença da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para produzir remédios.
Uma das suspeitas da PF é que a Labogen pagaria propina para obter o negócio com a Saúde. A parceria com a EMS visava à produção de 35 milhões de comprimidos por ano de cloridrato de sildenafila (o Viagra), indicado para o tratamento de hipertensão pulmonar. Após ser procurado pela Folha e ter acesso à investigação da PF, o ministério decidiu suspender a parceira e abrir sindicância para apurar o diretor citado nas mensagens. Informações da Folha.
Bahia Notícias
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