A ex-senadora Marina Silva (PSB) anunciou na tarde desta segunda-feira (14) que será candidata a vice-presidente na chapa de Eduardo Campos (PSB). O anúncio ocorreu em evento realizado em Brasília que serve de palco para o lançamento da pré-campanha da chapa presidencial do PSB. “Nós estamos aqui para anunciar nossas pré-candidaturas à Presidência da República e eu a sua vice”, afirmou Marina, que defendeu um realinhamento político no país.
Em um segundo momento, Marina se virou para Eduardo Campos e disse que fazia parte da aliança para unir. “Estou aqui para me colocar lado a lado, vamos andar pelo Brasil inteiro, afirmar o Brasil que queremos”, afirmou. “Não é para dividir, é para unir. Não é para separar, é para encontrar. Não é para embate, mas para o debate”, acrescentou.
Segundo ela, o quinto partido da aliança será o “povo”. “Se ganharmos, a vitória será do quinto partido”, emendou. Além do PSB, Rede (ainda informal), constam na aliança o PPS e PPL, apoios que ela agradeceu. Marina afirmou que a Rede é um “partido de fato”. “Nesses seis meses, nós fomos nos encontrando”, afirmou, sobre a aliança com o PSB. Marina disse que foi negado à Rede o direito de se formalizar. Ela citou também a própria origem no PT e disse que direito de existir não foi negado ao antigo partido.
Apesar de anunciar a composição na chapa, Marina afirmou que o “ser humano está condenado, abençoado, a viver no gerúndio”. “Se vocês perguntarem se já deram certo na aliança, vamos responder: estamos dando certo, quando a gente acha que já deu certo pode se preparar para virar a página”, afirmou. Ela afirmou também que o povo brasileiro “está acreditando em seu futuro”. No discurso, a ex-senadora também citou o fato de ser evangélica, mas disse que não usará da religião para pedir votos. “Vocês sabem que sou uma mulher de fé, mas nunca fiz dos palanques, púlpito”, afirmou.
A ex-senadora aparece até aqui na frente de Eduardo Campos nas pesquisas de intenção de voto. Até o dia de hoje, especulava-se que ela seria a cabeça de chapa também em razão do legado eleitoral de 2010, quando conquistou cerca de 20 milhões de votos na disputa presidencial. Antes de Marina, representantes do PPS e PPL reforçaram apoio à candidatura dos dois. Nos discursos da maioria dos participantes, foi defendido o fim da polarização entre o PT e o PSDB ocorrida nas últimas eleições.
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