Após tomar posse no STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro Luís Roberto Barroso disse nesta quarta-feira (26) que o “país tem inúmeras questões mais importantes que o mensalão”.
Ele declarou sua opinião ao responder se a conclusão do julgamento do mensalão atenderia a uma demanda da população.
“O país tem inúmeras questões mais importantes que o mensalão. Precisamos virar essa página. Temos uma agenda social, uma agenda política. Precisamos olhar para a frente e avançar”, afirmou Barroso.
O ministro disse que se sentia feliz ao tomar posse num momento de manifestações, desde que pacíficas.
Barroso, que fez parte de movimentos estudantis, disse que “as instituições têm que estar atentas aos protestos e ser capaz de dar respostas à população”.
“As instituições têm o dever de levar em conta a voz das ruas e procurar atender às demandas sociais.”
POSSE
Barroso, de 55 anos, tomou posse nesta quarta-feira como ministro do STF. Ele ocupa a vaga deixada por Carlos Ayres Britto, em novembro do ano passado, aposentado após ter completado 70 anos.
A cerimônia foi protocolar, sem discursos. Barroso apenas proferiu o termo de posse. “Prometo bem cumprir os deveres de ministro do Supremo Tribunal Federal em conformidade com a Constituição e as leis da República”, afirmou, levado ao seu lugar pelo ministro Celso de Mello, o mais antigo no tribunal, e por Teori Zavascki, o último a chegar à Corte antes dele.
O plenário do Supremo estava lotado e contou com a presença dos presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Nem a presidente Dilma Rousseff nem seu vice, Michel Temer, compareceram. Eles foram representados pelos ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Luís Inácio Adams (AGU).
Ao final da cerimônia, Barbosa falou poucas palavras e logo encerrou a posse. “Tenho certeza que vossa excelência terá nessa Corte um excepcional desempenho. Seja bem-vindo”, disse o presidente do Supremo.
A cerimônia durou cerca de 20 minutos.
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