A demanda do consumidor por crédito aumentou 6,5% em outubro, recuperando-se parcialmente da queda de 9,8% observada em setembro, segundo informou a Serasa Experian.
Contudo, na comparação com outubro do ano passado, houve recuo de 5,2% na demanda por crédito. No acumulado do ano, isto é, de janeiro a outubro de 2013, a demanda dos consumidores por crédito cresceu 3,6% frente ao período de janeiro a outubro de 2012.
De acordo com os economistas da Serasa Experian, o encarecimento do custo do crédito determinado pelas sucessivas elevações da taxa básica de juros (taxa Selic) tem desestimulado os consumidores a ampliar seus níveis de endividamento, especialmente diante de uma conjuntura econômica caracterizada por maiores graus de incerteza. Vale lembrar também que a greve dos bancários encerrou-se no dia 14 de outubro, podendo ter acarretado dificuldade de acesso dos consumidores a determinadas linhas de crédito no mês passado até aquela data.
Os consumidores de baixa renda exibiram as maiores altas na busca por crédito no mês passado. Os que ganham até R$ 500 expandiram a sua demanda por crédito em 12,1% e os que recebem entre R$ 500 e R$ 1.000 mensais aumentaram a busca por crédito em 9,8%. Em seguida, observaram-se altas de 4,3% na demanda por crédito na faixa de R$ 1.000 a R$ 2.000 mensais e de 0,6% para aqueles que ganham entre R$ 2.000 e R$ 5.000 por mês.
Na direção contrária, os consumidores de mais alta renda – entre R$ 5.000 e R$ 10.000 mensais e aqueles com mais de R$ 10.000 mensais – reduziram as suas demandas por crédito em 3,1% e 2,3%, respectivamente, em outubro.
Os consumidores de menores rendimentos lideram a expansão da demanda por crédito no acumulado do ano, isto é, de janeiro a outubro de 2013: crescimento de 10,5% para os consumidores que recebem até R$ 500 mensais e de 5,6% para aqueles que ganham entre R$ 500 e R$ 1.000 por mês. Para os consumidores com rendimentos mensais entre R$ 1.000 e R$ 2.000, o aumento acumulado de janeiro a outubro de 2013 da demanda por crédito foi de 1,5%.
Já os consumidores das camadas de rendas mais altas exibem quedas em termos de demanda por crédito no acumulado do ano: diminuição de 0,7% para os consumidores que ganham entre R$ 2.000 e R$ 5.000 por mês; recuo de 2,4% para os consumidores que recebem entre R$ 5.000 e R$ 10.000 mensais e queda de 1,4% para aqueles que ganham mais de R$ 10.000 por mês.
Em relação às regiões, a única queda em outubro, na demanda dos consumidores por crédito, ocorreu na região Centro-Oeste, com recuo de 4,3% frente a setembro. Nas demais regiões as altas em outubro foram na região Norte (16,4%); Nordeste (14,6%); Sul (10,9%) e Sudeste (2,9%).
No acumulado do ano, isto é, de janeiro a outubro de 2013, as regiões Norte e Nordeste acusam as maiores taxas de crescimento da demanda dos consumidores por crédito: altas de 13,9% no Norte e de 10,4% no Nordeste. No Sul, a alta de janeiro a outubro totalizou 4,7%. A região Sudeste acumulou crescimento de 0,8% na demanda dos seus consumidores por crédito. O Centro-Oeste é a única região que exibe queda na demanda do consumidor por crédito no acumulado do ano: recuo de 2,1% frente a janeiro a outubro de 2012.
Brasil Econômico
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