ACM Neto revela detalhes das negociações que levaram à unidade

“Foi um trabalho bem grande”. Assim, o prefeito ACM Neto, em entrevista ao Programa Se Liga Bocão, na noite desta quinta-feira (10), comentou a longa negociação que resultou na unidade do grupo que faz oposição ao governador Jaques Wagner na composição da chapa para as próximas eleições. A chegada ao denominador comum que definiu como pré-candidatos Paulo Souto (governador), Joaci Góes (vice-governador) e Geddel Vieira Lima (senador) foi detalhada pelo gestor municipal e líder do bloco.

“Foram muitas conversas. Chegou a um momento em que a condução apontava que Geddel parecia estar bem mais próximo de ser o candidato, mas as coisas caminharam de outra forma. Pensamos em como poderíamos fazer uma chapa com chances reais de vitória. É uma chapa histórica com competência comprovada. Fico muito feliz. Muitos acharam que a unidade não podia acontecer. O Bocão News sempre instigava e eu falava: calma, a aliança ainda pode acontecer. Foi importante todo esse período de amadurecer as ideias e fazer a unidade. Todo mundo está entusiasmado e disposto a ajudar. Não faço política impondo nada. A conversa, o debate e a reflexão interna levaram a isso.”, declarou o prefeito ACM Neto.

Sobre o processo de convencimento de Geddel Vieira Lima, ACM Neto disse que o “espírito público” foi determinante para que o peemedebista pudesse fazer parte da chapa. “Aconteceu depois de uma série de conversas, que fez Geddel Vieira Lima refletir sobre a necessidade de estarmos juntos. O que permitiu que Geddel se convencesse foi o desejo de servir a Bahia e de garantir a nossa unidade, reconhecendo o valor de Paulo Souto. A figura de João Gualberto também contribuiu muito para o debate interno, poderia ser candidato a governador, mas abriu mão, também, em nome da unidade”, confidenciou.

Diálogo com o PDT

Conversas com o PDT, que foi preterido pelo PT na indicação do pré-candidato a vice-governador na chapa liderada por Rui Costa, também foram reveladas.

“Estive com (Carlos) Lupi, presidente nacional do PDT, e conversamos. Mas temos que admitir que este partido, historicamente, sempre esteve muito mais próximo do Partido dos Trabalhadores. Não posso deixar de reconhecer isso. Mas, se ele quiser fazer uma aliança programática e discutir projetos, estamos abertos ao diálogo.

Tempo de TV

Outro importante trunfo da oposição com a unidade foi o tempo de TV, com a confirmação do peemedebista Geddel. O prefeito ACM Neto não negou que a atração do ex-ministro da Integração Nacional também cairá como uma luva para o bloco conseguir se aproximar do governo do estado neste quesito.

“É lógico que foi muito importante. A confirmação (de Geddel na chapa) trará um tempo de televisão robusto. O PMDB e o PT são os partidos com as maiores bancadas na Câmara Federal. O PSDB e o DEM também têm um significativo tempo de televisão. Estamos em condições de competir de igual para igual com o candidato do governo. Quando me candidatei em 2012, no primeiro turno, ele (Nelson Pinheiro) tinha três vezes mais tempo de propaganda do que eu tinha. Agora o tempo é tempo bem parecido e poderemos mostrar o nosso projeto”, disse o prefeito.

Otimismo

Além do tempo de TV e da exitosa articulação para agradar gregos e troianos dentro da oposição, ACM Neto conta como uma “importante vantagem” Paulo Souto ser mais conhecido do que o candidato petista, Rui Costa.

“Paulo Souto já é muito conhecido e isso, com certeza, fará muita diferença. Acredito que agregando os números de Paulo Souto nos resultados das últimas pesquisas e considerando o apoio de Geddel, ele deve chegar próximo aos 40% das intenções de voto nas próximas pesquisas. Considero que o ambiente é totalmente favorável e somos favoritos”, comemorou ACM Neto.

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