O inchaço da máquina pública com o aumento no número de servidores públicos e pelo excesso de secretaria é prática recorrente nas administrações estaduais. Levantamento feito pelo jornal O Globo mostra que alguns governos estaduais mantêm elevado número de pastas, muitas com funções quase idênticas, apenas para abrigar aliados políticos.
Além disso, as despesas com pessoal avançam em ritmo mais acelerado do que a arrecadação, o que reduz a cada ano o fôlego para investimentos. No levantamento do número de secretarias, o governo da Bahia empata com Pernambunco e Rio Grande do Sul. Os três estados contam com 27 pastas atualmente e estão na 4ª posição do ranking nacional.
O Distrito Federal é o recordista — são 36 secretarias, só três a menos que as do governo federal (39). Ao mesmo tempo em que criam mais secretarias, as administrações estaduais também aumentam seu quadro de funcionários. O estudo, a partir de orçamentos de 22 unidades da Federação, mostra que a previsão de gastos com funcionários nesses governos aumentou 42%, um ritmo superior ao do crescimento de estimativa de receita (28%).
Há três anos, esses governadores, juntos, orçaram R$ 182,9 bilhões para custear a folha de pagamento. Neste ano, a previsão é gastar R$ 259,8 bilhões. Essa despesa, se tivesse acompanhado o ritmo de crescimento da receita (de R$ 473 bilhões para R$ 605,7 bilhões), seria hoje R$ 25 bilhões menor. A máquina estadual baiana está em 10º lugar ao lado de Paraná e Rondônia na proporção de gastos com pessoal. Os três estados registram 45% do orçamento total aplicado para pagamento de salários.
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