A qualidade de ensino do grupo educacional da Igreja Adventista do Sétimo Dia está a um passo da população de Camaçari. A proposta para trazer para o município a instituição foi feita desde o início do ano pelo adventista e vereador no município, Júnior Borges. O fortalecimento da ideia se deu na manhã do dia 23 de agosto, na sede da Associação Bahia da Igreja Adventista do Sétimo Dia, no bairro de Nazaré, em Salvador, com a presença de autoridades do município e de representantes da igreja.
Representando Camaçari, o prefeito Ademar Delgado, o presidente da Câmara Municipal de Camaçari, Teo Ribeiro e o vereador Gilvan, além do próprio Júnior Borges, mediando o encontro. As autoridades foram recebidas pelo presidente da associação, José Wilson, o líder geral da educação adventista de Salvador e Região Metropolitana, Valdiael Melo, o diretor de Educação da União Norte Brasileira, Marco Góes, e demais representantes da Adventista.
Por enquanto não há prazo definido para a instalação do centro educacional, mas o prefeito ressaltou que vai trabalhar para implantar o colégio na cidade o quanto antes. “Para nós é um prazer tornar isso uma realidade, pois reconheço a competência e a qualidade do ensino da Escola Adventista, mas antes temos que consultar todos os procedimentos legais para dar início ao processo de instalação, e vamos trabalhar em cima disso”.
O presidente do Legislativo Municipal , Teo Ribeiro, disse não ter dúvidas de que todos os vereadores da base governista serão a favor do projeto de implantação do Colégio Adventista, pelo exemplo de ensino que ela oferece. “Conseguir o apoio dos vereadores governistas não será nada difícil, tendo em conta que esse será um benefício para toda a população de Camaçari”.
Ao assumir o microfone, Júnior Borges se emocionou e afirmou estar feliz por poder contribuir com a educação do município levando um método de ensino reconhecido em todo o país. “A Escola Adventista tem um modelo de ensino que pode ser considerado um dos melhores do país, e muitos adventistas da cidade, assim como eu, gostaria de poder educar seus filhos com base no ensino da Adventista. Esse sonho, agora, começa a se tornar realidade”.
Júnior ressaltou ainda que o ensino do Colégio Adventista não é restrito às pessoas que são batizadas ou frequentam a igreja. “A escola é para toda a população de Camaçari que queira garantir um ensino de qualidade para seus filhos. A intenção da Adventista é disseminar o ensino de qualidade e a palavra de Deus para todos, sem exceção”.
Marco Góes é o diretor de educação da Adventista, responsável pelos estados da Bahia e Sergipe. Para ele, a educação nesses dois estados vive um novo momento. “Nós estamos vivendo um novo momento na história da educação dos estados da Bahia e Sergipe. Hoje temos 23 escolas na Bahia e uma em Sergipe, além de uma instituição de Ensino Superior em Cachoeira. Temos um desafio gigantesco de atender a esse público e ampliar a nossa presença para as pessoas que procuram cada vez mais uma educação diferenciada para seus filhos”.
Qualidade de ensino
O primeiro Colégio Adventista no Brasil surgiu em 1896, em Curitiba. A partir daí a instituição de ensino só cresceu, ultrapassando a rede católica de ensino quando se trata de atrair novos alunos, que estagnou nos últimos anos. Um estudo da União Central Brasileira e Associação Nacional das Mantenedoras das Escolas Católicas revela que a procura por escolas adventistas cresceu 37% entre 1997 e 2007, passando de 95 mil a 130 mil alunos no país. Atualmente são mais de 160 mil matriculados em território nacional.
Um fato chama atenção quando se trata do crescimento do método Adventista de ensino: já são 332 escolas no país, um aumento de 5% em relação a 2005, quando o total de escolas era de 318. Elas se sobressaem entre as outras não apenas pela proliferação rápida, mas, principalmente, pelo excelente nível acadêmico aprovado por mais 12.500 alunos matriculados somente na Bahia e Sergipe. A metodologia de ensino da escola rendeu o reconhecimento por medidores educacionais, como o do MEC, de estar entre as melhores instituições do país nos rankings de ensino.
A Bahia conta com 23 unidades da Escola Adventista e uma unidade de ensino superior, a Faculdade Adventista da Bahia – IAENE. Ainda dentro da União Leste – que contempla o território baiano e sergipano – a grupo tem uma escola na capital sergipana de Aracaju, com previsão para implantação da segunda unidade no estado até o final do ano.
Especialistas afirmam que um dos fatores que impulsionam o crescimento de escolas religiosas, como é o caso da Adventista, são os valores que os pais acreditam estar inserido na metodologia de ensino. Uma pesquisa que ouviu 15 mil pais de estudantes brasileiros em 2007, revelou que a maioria dos pais esperam de escolas religiosas a transmissão de conhecimento acadêmico e a difusão de valores morais e éticos. As regras conservadoras também aplicadas pela instituição são aprovadas pelos pais de alunos, independente do credo. Apesar de ser católica, Verena Lúcia, que tem uma filha de 15 anos e preza pelas boas maneiras que herdou de seus pais, quer uma boa formação para Iasmin Laís. Verena mora no município de Valença, interior baiano, onde também existe uma Escola Adventista. “Fiz questão que ela estudasse lá pelo cuidado que eles têm com a educação dos jovens e pela disseminação de valores fundamentais para uma boa formação adulta”.
Rede adventista
A expansão da rede que difunde o conhecimento da Igreja Adventista não se resume apenas às 332 escolas espalhadas em todo o Brasil, como também oito universidades e uma editora de livros didáticos, a Casa Publicadora Brasileira (CPB). A rede se diferencia ainda por ter a sua própria fábrica de alimentos naturais, já que, segundo a Bíblia Sagrada, alimentos como carne de porco, camarão, café, entre outros, não são aprovados por Deus para o homem. Todo esse conhecimento e cuidados com a saúde são compartilhados dentro das salas de aula do Colégio Adventista do Sétimo Dia.
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