A comissão que avalia o impeachment da presidente Dilma Rousseff vota nesta segunda-feira (11) o parecer do processo de impedimento da petista. Independentemente de qual for o resultado da votação no colegiado, o processo vai para o plenário da Câmara, onde será analisado pelos 513 deputados.
A direção da Câmara já trabalha com o governo do Distrito Federal para garantir a segurança dentro e fora do Congresso, já a partir de hoje, a fim de evitar conflito entre opositores e apoiadores do governo Dilma.
Antes de iniciar o processo de votação do relatório, o colegiado vai ouvir os líderes partidários, que deverão orientar suas bancadas — são 25 no total. O tempo que cada um terá para se manifestar vai depender do tamanho da bancada, podendo variar de 3 a 10 minutos.
Não serão aceitas questões de ordem, pedidos de adiamento de votação, nem retirada da votação de pauta. Em seguida, vêm as considerações finais da defesa da presidente Dilma Rousseff, com duração de 15 minutos, a cargo do advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo.
A previsão é de que a votação ocorra a partir das 17h, mas ainda não foi definido pelo presidente da Comissão a forma como a mesma se dará, se será nominal por chamada oral dos parlamentares ou registrada em painel. A expectativa é de que a análise do processo possa ser discutida em plenário já na próxima sexta-feira (15).
Na última sexta-feira (8), a sessão da comissão encerrou os trabalhos após mais de 13 horas de discussões contra e favoráveis ao afastamento da presidente. Ao final das discussões, às 4h40, 61 deputados tinham defendido seu ponto de vista.
A maioria deles (39), disseram concordar com o relator do caso, Jovair Arantes (PTB-GO), que defendeu a continuidade do processo de impeachment contra Dilma. Outros 21 foram contrários ao parecer e a sessão ainda contou com um indeciso.
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, também defende que o processo de impeachment seja decidido o mais rápido possível para que a crise política possa ser enfrentada. Para isso, ele afirma que o Supremo dará prioridade para os assuntos que envolvam o processo de afastamento da presidente.
— Qualquer processo a respeito desse tema no Supremo terá a prioridade que merece em função do momento em que se vive hoje no Brasil.
Lewandowski ainda destacou que os ministros do STF não entraram no debate político ao analisar as decisões.
Fonte: R7
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