Instituições se unem e lançam campanha em defesa do SUS

A Saúde dos brasileiros está doente!

O Governo Federal está direcionando investimentos com recursos públicos para a saúde privada, afetando uma estrutura pública de todos os cidadãos brasileiros. Além disso, os planos de saúde tem a obrigação de pagar ao SUS quando seus consumidores forem atendidos em hospitais públicos, mas isso não tem acontecido. Ano após ano o investimento na saúde pública diminui.

Há 12 anos o setor das operadoras de saúde é o mais reclamado do ranking do atendimento no Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor). Aliás, os planos de saúde acabam fazendo com que muitos de seus pacientes particulares tenham que recorrer ao SUS, pois se recusam a atender e cobrir despesas maiores. A saúde pública é um direito dos cidadãos assegurado pela Constituição!

Em abril o Idec organizou um ato público e dele resultou um MANIFESTO, junto com outras entidades, em defesa do SUS e pela extinção de subsídios públicos para planos e seguros de saúde.

Queremos entregar esse manifesto para a Presidente Dilma e precisamos do seu apoio! Assine e compartilhe essa campanha!

Esta é uma campanha de: 

1.     Associação Brasileira de Saúde Coletiva – ABRASCO
2.     Associação de Trabalhadores Sem Terra do Assentamento Cipó Cortado – Se. La Roque (MA)
3.     Associação dos Servidores e demais Trabalhadores da Agência Nacional de Saúde Suplementar – ASSETANS
4.     Associação para Pesquisa e Promoção da Saúde e dos Direitos da Mulher – Gesto & Ação
5.     Associação Paulista de Saúde Pública – APSP
6.     Central Única dos Trabalhadores – CUT
7.     Centro Brasileiro de Estudos da Saúde – CEBES
8.     Centro de Promoção da Cidadania e Defesa dos Direitos Humanos Pe. Josimo – Imperatriz (MA)
9.     Coletivo de Mulheres Ana Montenegro
10.   Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura – CONTAG
11.   Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social – CNTSS
12.   Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo – CREMESP
13.   Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP
14.   Federação das Associações de Moradores e Movimentos Sociais do Espírito Santo – FAMOPES
15.   Fórum de Mulheres de Imperatriz – MA
16.   Fórum Nacional de Pós-graduandos em Saúde – FNPGS
17.   Fórum ONGs / AIDS São Paulo
18.   Instituto Ágora-Estudos e Projetos em Qualidade de Vida
19.   Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor – IDEC
20.   Instituto de Arte, Cultura e Educação Popular Maurício Fernandes de São Gonçalo do Amarante – IACEMF
21.   Rede de Mulheres pelo Controle Social das Políticas Públicas (BA)
22.   Sindicato dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais do RJ – SINFITO
23.   Sindicato dos Médicos de Campinas e Região
24.   Sindicato dos Médicos de São Paulo – SIMESP
25.   Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Natal/RN – SINSENAT
26.   Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo – SINDISAÚDE-SP
27.   Sindicato Nacional dos Auditores do SUS – AUDSUS –
28.   Sociedade Brasileira de Bioética – SBB
29.   Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade
30.   Sociedade Brasileira de Vigilância de Medicamentos – SOBRAVIME
31.   União Brasileira de Mulheres – UBM

 

Para:

Alexandre Padilha, Ministro da Saúde 
Dilma Rousseff, Presidente da República
Secretaria-Geral da Presidência da República, Secretário Nacional
EM DEFESA DO SUS E PELA EXTINÇÃO DE SUBSÍDIOS PÚBLICOS PARA PLANOS E SEGUROS DE SAÚDE
As entidades da sociedade civil, abaixo signatárias, reunidas em São Paulo, no dia 26 de abril de 2013, vêm a público afirmar que, após 25 anos, o SUS conquistado na Constituição Federal, ainda não se efetivou como um sistema público de saúde, com cobertura universal e atendimento integral de qualidade.

Por sua vez, os serviços prestados pelos planos e seguros de saúde são falhos e demonstram que esse mercado não é capaz de garantir a universalização da saúde no Brasil.

Ao cenário de subfinanciamento público da saúde e sucateamento do SUS soma-se a perspectiva de extensão da assistência privada de planos de saúde, baseada na ascensão econômica de novos estratos da população e na possibilidade de o governo descumprir preceitos constitucionais ao desonerar as empresas do setor, fornecendo mais subsídios públicos ou reduzindo tributos federais.

Neste sentido, nos manifestamos por:

1- Pela submissão às instâncias de controle social e ao Congresso Nacional de quaisquer iniciativas do governo federal para concessão de novos subsídios públicos ou quaisquer desoneração e isenção para ampliação da oferta de planos e seguros de saúde.

2- Transparência e divulgação dos dados, visando um amplo debate nacional, sobre os atuais subsídios públicos diretos e indiretos para planos e seguros de saúde privados: atendimento de clientes de planos de saúde em serviços do SUS, sem o devido ressarcimento aos cofres públicos; gastos com assistência médica suplementar dos servidores públicos; renúncia fiscal, com dedução de gastos com planos de saúde no imposto de renda de pessoas físicas e jurídicas; isenções tributárias a planos de cooperativas e de filantrópicos; recursos do Tesouro Nacional destinados ao funcionamento da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), dentre outros.

3- Revisão dos mecanismos de ressarcimento ao SUS, até hoje não concretizado por omissão da ANS e inoperância dos gestores públicos.

4- Impedimento da prática da “dupla-porta” e dos convênios de hospitais universitários, Organizações Sociais e outros serviços do SUS com planos de saúde, o que tem resultado no agendamento e no atendimento diferenciados dos cidadãos nas unidades públicas.

5- Reforma política com vistas a eliminar ou a tornar explícitos os financiamentos de empresas, em especial as operadoras de planos de saúde, nas campanhas eleitorais.

6- Redefinição de dispositivos que impeçam a captura das agências reguladoras pelos interesses do mercado regulado. Pela não ocupação de diretorias e cargos da ANS por pessoas indicadas ou oriundas dos quadros de operadoras de planos e seguros de saúde.

7- Revisão da legalidade das decisões do governo federal que autorizaram fusões, concentração de mercado e participação de empresas de capital estrangeiro no setor de assistência médica suplementar.

8- Fim da omissão da ANS diante de: negativas de cobertura; reajustes abusivos, descumprimento de prazos de atendimento; registro e comercialização de planos de saúde com rede insuficiente de prestadores; planos de baixo preço com cobertura limitada; planos “falsos coletivos” e de co-participação que enganam os consumidores e burlam a legislação; rescisões unilaterais de contratos; ausência de reajustes de honorários de médicos, profissionais e prestadores; critérios obscuros para aumento de mensalidades; exclusão de ex-empregados (demitidos e aposentados) da carteira de funcionários ativos de uma empresa, demora no julgamento de ações e impunidade na aplicação de sanções contra planos de saúde.

Por fim, defendemos que o SUS seja adequadamente financiado com a destinação de pelo menos 10% das receitas correntes da União. Que o SUS seja fortalecido e mantido como Política de Saúde oficial do Estado brasileiro, como manda a Constituição Federal, cabendo ao segmento dos planos de saúde o caráter verdadeiramente suplementar e não duplicativo ou substitutivo do sistema público.

São Paulo, 26 de abril de 2013

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