O ofício do governador Jaques Wagner encaminhado à Prefeitura solicitando a suspensão do processo licitatório do transporte público da cidade foi classificado pelo prefeito ACM Neto como uma “afronta à soberania” do município. “Não vamos parar o processo porque não reconhecemos a força da Lei que criou a Entidade Metropolitana e, principalmente, porque a cidade não suporta mais o modelo atual. O governador Jaques Wagner quer que o cidadão continue sofrendo para andar de ônibus e nós queremos resolver o problema, oferecendo conforto e transporte de qualidade à população. Como fui eleito para cuidar da população e sei que a melhoria passa pela licitação, não vou suspender o processo”, afirmou o prefeito.
De acordo com ACM Neto, a licitação começou no ano passado e era de conhecimento público. “Será que só agora o governador tomou conhecimento? Antes de encaminhar um ofício solicitando a suspensão da licitação, por que o governador não pergunta se os usuários estão satisfeitos com o atual modelo?”, indagou o prefeito. ACM Neto lembrou, ainda, que quando transferiu o metrô para o governo, apenas quatro meses após assumir a gestão, a melhoria do transporte público estava prevista em uma das suas cláusulas.
Segundo a Secretaria de Urbanismo e Transportes, os envelopes com as propostas serão recebidos na próxima segunda-feira (14). “O prazo está mantido”, concluiu o prefeito. Para ACM Neto, nas tratativas com o governo do estado para a transferência do metrô ficou acertado que a licitação para as novas linhas de ônibus seria um passo natural e fundamental para que todo o sistema fosse integrado.
O oficio recebido pela Prefeitura traz contradições inconciliáveis diante todo o processo inicial, pois usa justamente a implantação do metrô como forma de readequar o que foi acordado para transferência do equipamento para o Estado. “É um caso claro de dois pesos e duas medidas ou de decisões tomadas de acordo com conveniências políticas. Quem será prejudicado, consequentemente, é o povo de Salvador. Quando a política toma lugar da coisa pública, quem perde é a população”, finalizou ACM Neto.
Política Livre
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