Nova fase da Lava Jato apura se OAS lavou dinheiro com imóvel para Vaccari

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A 22ª fase da Operação Lava Jato, iniciada na manhã desta quarta-feira (27) pela PF (Polícia Federal), tem como alvo a OAS. O objetivo é investigar se a empreiteira lavou dinheiro para favorecer o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, preso desde 2015 pela Lava Jato.

Os policiais investigam a empresa offshore Murray, que tem sede no Panamá e detém a propriedade de uma unidade do tipo triplex no condomínio Solaris, da OAS, em uma praia no Guarujá (SP). Essa empresa seria uma fachada para receber o dinheiro desviado da Petrobras, e teria comprado o imóvel no Brasil para dissimular a origem do dinheiro.

Em outra torre do mesmo condomínio, a OAS havia reservado um imóvel para a família do ex-presidente Lula. O imóvel seria o triplex 164 A. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

O nome desta fase da Lava Jato, Triplo X, faz referência justamente a esse imóvel.

Este prédio foi financiado pela Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo), que já foi presidida por Vaccari. Após uma crise financeira em 2009, a Bancoop passou a propriedade do imóvel à OAS.

Durante a operação, foi presa Neuci Warken, que consta como proprietária do triplex 163 B no Condomínio Solaris. Ainda não há mais informações sobre a prisão.

Em nota, o Instituto Lula explicou que o apartamento, embora reservado, ainda não foi adquirido. Porém, a decisão ainda pode ser tomada. Veja a íntegra da nota:

“Dona Marisa Letícia Lula da Silva adquiriu, em 2005, uma cota de participação da Bancoop, quitada em 2010, referente a um apartamento, que tinha como previsão de entrega 2007. Com o atraso, os cooperados decidiram em assembleia, no final de 2009, transferir a conclusão do empreendimento à OAS. A obra foi entregue pela construtora em 2013. Neste processo, todos os cooperados puderam optar por pedir ressarcimento do valor pago ou comprar um apartamento no empreendimento. À época, Dona Marisa não optou por nenhuma destas alternativas esperando a solução da totalidade dos casos dos cooperados do empreendimento. Como este processo está sendo finalizado, ela agora avalia se optará pelo ressarcimento do montante pago ou pela aquisição de algum apartamento, caso ainda haja unidades disponíveis. Qualquer das opções será exercida nas mesmas condições oferecidas a todos os cooperados.

Assessoria de Imprensa do Instituto Lula”

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