A maranhense Rayssa Leal se tornou a atleta brasileira mais nova a conquistar uma medalha nas Olimpíadas. Aos 13 anos, a “fadinha do skate” foi prata na modalidade street nos Jogos de Tóquio, nesta segunda-feira.
“Que orgulho! Rayssa Leal fez o coração dos brasileiros vibrarem na noite de ontem sendo a mais jovem medalhista brasileira. A fadinha nordestina ganhou a medalha de prata no skate street com apenas 13 anos. Parabéns, Rayssa. Você é um exemplo de garra e coragem, e nos mostra a importância de incentivar o esporte na vida dos jovens, que Deus abençoe a sua trajetória!” acrescentou Júnior Borges.
A brasileira ficou atrás apenas da japonesa Momiji Nishiya, da mesma idade, que levou a medalha de ouro. Funa Nakayama, também do Japão, completou o pódio, e conquistou o bronze.
Na classificação final, Momiji somou 15.26 pontos, Rayssa ficou com 14.64 e Nakayama teve 14.49.
“Não caiu a ficha ainda sobre poder representar o Brasil e ser a mais nova a ganhar uma medalha. Estou muito feliz, esse dia vai ficar marcado na história. Eu tento ao máximo me divertir porque tenho certeza que se divertindo as coisas fluem”, declarou Rayssa.
Essa foi a terceira medalha do Brasil na capital japonesa, e a segunda no skate. Na véspera, o paulista Kelvin Hoefler também foi prata na modalidade street, enquanto o gaúcho Daniel Cargnin ficou com o bronze no judô, na categoria até 66kg.
Aos 13 anos e 203 dias, além de ser a atleta mais jovem do Brasil numa edição dos Jogos Olímpicos, Rayssa se torna também a representante mais nova do país a conquistar uma medalha, e a terceira na história das Olimpíadas.
Rayssa foi a única das três representantes brasileiras a avançar à final, disputada no Ariake Urban Sports Park. Letícia Bufoni e Pâmela Rosa ficaram em nono e 10º lugares, respectivamente, na fase de classificação, mas apenas as oito melhores seguiam para a disputa por medalhas.
Já Nishiya, prata no último Mundial da categoria e que completa 14 anos no dia 30 de agosto, não é a campeã mais jovem da história dos Jogos Olímpicos. O recorde de precocidade pertence desde 1936 à americana Marjorie Gestring, que foi foi ouro nos saltos ornamentais, na modalidade trampolim de 3m, aos 13 anos e 267 dias.
O skate é um dos cinco esportes que estreiam nessa edição dos Jogos Olímpicos, ao lado do surfe, escalada, caratê e beisebol.
A modalidade entrou no programa olímpico de Tóquio-2020 como parte do projeto do COI de rejuvenescer a audiência dos Jogos.
Das oito finalistas desta segunda-feira, seis tinham entre 13 e 20 anos.
Duas modalidades do skate estão no programa: “street”, que consiste em fazer manobras numa pista com elementos do mobiliário urbano encontrados nas ruas, como corrimões, lombadas, rampas ou escadas, por exemplo. Já no “park” as manobras são realizadas em “bowls”, grandes bacias de concreto que podem ter até três metros de profundidade.
Fonte: A Tarde
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