Nesta terça-feira (29/03), servidores públicos municipais, que deflagraram a greve na segunda-feira (28), a partir de assembleia realizada no dia 21 de março se dirigiram à Câmara Municipal para reivindicar atenção do Poder Legislativo quanto à fiscalização do dinheiro público e pressão para o adiantamento dos processos referentes ao reajuste salarial da categoria.
Segundo o movimento S.O.S. Servidor, o decreto (60 e 62) de 1º de setembro de 2015, que pedia para reduzir em 25% os gastos em contratos de terceirizados não foi cumprido e ao invés de reduzir, o gasto em terceirização, aumentou, o que interfere diretamente no limite para pagamento de salários aos servidores. Edmilson Das Dores, membro do movimento, considera a atuação da Prefeitura como maquiagem de contas, “ele sabe o que fazer, isso é descaso não apenas com o servidor, mas com a população”, concluiu.
Com a paralisação dos servidores, diversos serviços básicos e de extrema importância são afetados, como saúde, educação, segurança, transporte, agentes de endemias, setores administrativos, entre outros. É o que acontece com os mais de 45 mil alunos distribuídos em 98 escolas da rede municipal que estão sem aula desde a última sexta-feira (18/03). Os docentes reclamam o reajuste de 11,36% mais 2,17%, pedem que seja corrigido o auxílio transporte em 10,41% e, por dia de trabalho, que seja pago R$ 23,00 em auxílio alimentação.
Silval Cerqueira presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Camaçari (Sinsec), alerta a população que se precisar de atendimento médico, terá como opção se dirigir para apenas duas das cinco Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s) do município, em decorrência da greve que exige o plantão de 30% dos servidores, a UPA do Gravatá / Gleba A e a UPA de Arembepe.
Alguns servidores também relatam dificuldades financeiras, pois com o salário defasado, perdem poder de compra em decorrência da inflação. A servidor Sara Baqueiro considera um empobrecimento dos servidores “alguns colegas têm enfrentado dificuldades financeiras sérias, pois não conseguem mais pagar suas contas”, relata
Preocupado com a situação do município o vereador Júnior Borges relembra a ingestão do atual governo que é herança do anterior “O servido tem que ser valorizado. Acordo quando é feito é pra ser cumprido. Infelizmente o PT não cumpre com sua palavra. E tem sido assim em todo o país”, disse.
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