O que seria mais uma reunião para acertar um melhor acordo para os trabalhadores camaçarienses, que há meses reivindicam por vagas nas empresas do Pólo Industrial de Camaçari, terminou sendo apenas um comunicado referente à decisão da empresa da Petrobrás.
Na tarde desta sexta-feira (17), em reunião que contou com os vereadores Júnior Borges (DEM) e Elinaldo (DEM), além do vereador Marcelino (PT) e edis do município de Dias D’Ávila e do secretário de Desenvolvimento econômico, Djalma Machado, o diretor geral de comunicação da Fafen, Anisvaldo Daltro, informou aos presentes que não haverá mais discussão do pleito com os trabalhadores desempregados. “Os acordos feitos antes cessam e vamos trabalhar agora com os órgãos municipais e estaduais”, disse o representante da Fafen, dizendo que agora os acordos serão feitos através do CIAT e Sine Bahia, que receberão os currículos e farão todo o processo. Outra decisão da Fafen foi pedir o Interdito Proibitório, que consiste em usar até o poder da polícia para impedir qualquer ação que iniba a abertura dos portões da empresa. Além disso, a empresa afirmou que 80% dos trabalhadores devem ser de moradores de Camaçari e Dias D’Ávila, acordo feito anteriormente e ainda não cumprido.
Os vereadores Elinado e Júnior Borges saíram insatisfeitos com o comunicado feito pela Fafen e pela falta de atitude do governo. “O que eu acho ruim de tudo isso é a dificuldade de sentar as três ou quatro partes juntas: governo, Câmara, empresa e trabalhadores, para esclarecer. E isso foi um desgaste total. O governo desde o início também foi omisso. Tem que ouvir as partes, mas também tem que contrapor”, disse o vereador Elinaldo.
O vereador Júnior Borges também se manifestou contra a decisão: “A Petrobras tem todo o direito de entrar na justiça e pedir intervenção da polícia, mas aí estamos criando outro problema, por que os trabalhadores podem enfrentar a polícia”, disse o edil preocupado.
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