BC reduz projeção de crescimento do PIB em 2013 para 2,7%

Após a frustração do crescimento do primeiro trimestre, quando a expansão do PIB (Produto Interno Bruto) ficou abaixo do esperado, o BC (Banco Central) reduziu sua projeção para o resultado deste ano.

A expectativa agora é que a economia brasileira crescerá apenas 2,7% em 2013, ante previsão de 3,1% há três meses. A informação consta no relatório trimestral de inflação do BC, divulgado nesta quinta-feira (27).
A piora do resultado se deve ao desempenho mais fraco da indústria e do setor de serviços. Também foram reduzidas as projeções para o aumento do consumo das famílias e do governo. Por outro lado, houve aumento na expectativa para o desempenho do setor agropecuário e dos investimentos.

Quanto ao setor externo, houve uma melhora na projeção de exportações do país, que passou de uma ligeira queda para um pequeno aumento. Já a previsão para importações subiu um pouco.

No relatório de inflação, a autoridade monetária também divulga sua projeção para o desempenho do PIB nos 12 meses à frente em relação ao último dado oficial do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Na divulgação de hoje, o BC estima expansão de 3% da economia entre abril deste ano e março de 2014, o que revela uma expectativa de aceleração da atividade.

INFLAÇÃO

As projeções do BC para a inflação também sofreram alteração, em geral para cima.
No caso do cenário de referência, aquele que considera que as taxas de juros e câmbio permanecem constantes ao longo do ano, a previsão do BC é de que a inflação termine 2013 em 6%, ou seja, acima do centro da meta (4,5%), mas abaixo do seu limite superior de tolerância (6,5%). Atualmente, a taxa acumulada em 12 meses encontra-se no teto da meta.

Nos seus cálculos, o BC considerou uma taxa de juros de 8% ao ano e uma taxa de câmbio de R$ 2,10, levemente abaixo da registrada na data de corte usada para as projeções (7 de junho). A nova projeção está acima da divulgada no relatório anterior, que era de 5,7%. A previsão para 2014 também subiu, de 5,1% para 5,4%.

No cenário que leva em conta as expectativas do mercado para variação do câmbio e da taxa de juros, a projeção para inflação de 2013 ficou inalterada em 5,8%. Já a previsão para o número de 2014 sofreu pequena elevação, passando de 5,1% no relatório anterior para 5,2% no documento de hoje.
As novas projeções do BC indicam que será difícil cumprir a promessa que o presidente da instituição, Alexandre Tombini, fez em entrevista à Folha: entregar a inflação em 2013 abaixo da de 2012 (5,84%) e a de 2014 abaixo de 5%.

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