Bahia ocupa 22º posição em IDH no país

A Bahia aparece na 22ª colocação no ranking nacional do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). Apesar de ser considerado Médio, o índice baiano melhorou 71% nos últimos 20 anos, superando a melhora observada no país, de 47,8%.

Os números são do Atlas do Desenvolvimento Humano Brasil 2013, divulgado ontem, em Brasília, pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) e feito com base nos dados do Censo de 2010.

Inspirado no IDH global, publicado anualmente pelo Pnud, esse índice agrega as dimensões longevidade, educação e renda, analisando mais de 180 indicadores socioeconômicos. O valor máximo é 1.

O IDHM médio da Bahia saltou de 0,386 (Muito Baixo Índice de Desenvolvimento Humano), em 1991, para 0,660 (Médio Desenvolvimento). Mesmo com a melhora, o estado está abaixo da média nacional, de 0,727 (Alto Desenvolvimento). A única unidade da federação com IDHM considerado Muito Alto é o Distrito Federal: 0,824.

O IDHM Bahia está composto por  0,663 do IDHM Renda; 0,783  do IDHM Longevidade e 0,555 do IDHM Educação. Os do Brasil são 0,739 (Renda), 0,816 (Longevidade) e 0,637 (Educação).

Melhor e pior
O melhor município no estado é Salvador. Com um índice de 0,759, na 383ª posição no ranking nacional, o município é um dos oito do estado na faixa de Alto Desenvolvimento.

Na outra ponta da tabela está Itapicuru, a 215 km da capital. Com índice de 0,486, é o único município do estado na faixa de Muito Baixo Desenvolvimento Humano.  O estado tem 265 municípios (63,5%) com Baixo Desenvolvimento e 143 (34%) com Médio Desenvolvimento.

O município com melhor IDHM entre os 5.565 analisados em todo o país  é São Caetano do Sul (SP), que apresentou um IDHM de 0,862. O pior é Melgaço (PA), com 0,418. A 290 quilômetros de Belém, chega-se ao município apenas de helicóptero ou barco, em uma viagem que pode durar oito horas. Dos seus 24 mil habitantes, apenas 12,3% dos adultos têm o ensino fundamental completo.

Desigualdade

Apesar da melhoria geral, o mapa mostra que continua existindo uma grande desigualdade regional no país. Os primeiros municípios do ranking nacional pertencentes à região Norte e Nordeste são Palmas (TO) e Fernando de Noronha (PE): ambos têm  índice de 0,788 e aparecem na 76ª posição.
Nenhum município das regiões tem índice Muito Alto. Por outro lado, os 31 municípios na faixa  Muito Baixo estão no Norte e Nordeste: no Pará (8), Amazonas (7), Piauí (6), Maranhão (4), Alagoas (2), Roraima, Pernambuco, Acre e Bahia (1).

Considerando a variável Educação, por exemplo, mais de 90% dos municípios do Norte e Nordeste estão nas faixas de classificação tidas como Baixo e Muito Baixo. No Sul e no Sudeste, por outro lado, o cenário é bastante diferente: mais de 50% dos municípios apresentam IDHM dentro de margens consideradas Médio e Alto.

Educação
Apesar de ser o subíndice que mais puxa para baixo o desempenho do país, foi na Educação que mais houve avanço em 20 anos.  Em 1991, a Educação tinha um IDHM 0,279, o que representa um salto de 128% se comparado à pontuação de 2010. “Saímos de um patamar muito baixo e isso mostra o esforço que o país fez na área”, avaliou Marco Aurélio Costa, do Ipea.

Um dos auxiliares mais próximos da presidente Dilma Rousseff, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, destacou esse avanço. “A grande contribuição foi o fluxo escolar de crianças e jovens. Partimos de um patamar muito baixo, mas tivemos grande evolução, o que é um dado impressionante”.

Correio

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