Os juros cobrados pelos bancos das pessoas físicas, nas operações com recursos livres (tirando crédito rural, habitacional e do BNDES), voltaram a subir em outubro deste ano, quando avançaram 1,2 ponto percentual, para 44% ao ano – o maior valor da série histórica do Banco Central, que tem início em março de 2011. Trata-se, portanto, da taxa mais elevada em mais de três anos e meio.
O aumento dos juros bancários está relacionado com a alta da taxa básica da economia brasileira, a Selic, que avançou de 11% para 11,25% ao ano no fim de outubro. Como a decisão pegou o mercado financeiro de surpresa e foi tomada apenas no fim daquele mês, o impacto da decisão do Banco Central na taxa de captação dos bancos, ou seja, quanto eles pagam pelos recursos, foi de apenas 0,3 ponto percentual no mês passado. A taxa de captação atingiu 11,9% ao ano em outubro, contra 11,6% ao ano no mês anterior, nas operações para pessoas físicas.
Os números da autoridade monetária mostram, porém, que a taxa de juros cobrada pelas instituições das pessoas físicas avançou 1,2 ponto percentual no mês passado, para 44% ao ano, contra 42,8% ao ano em setembro. Isso quer dizer que os bancos não só repassaram o impacto do aumento dos juros básicos da economia – promovido pelo Banco Central para tentar conter as pressões inflacionárias – como decidiram elevar os juros cobrados dos consumidores mais ainda.
Já a taxa de juros média das operações de crédito com empresas subiu de 22,8% ao ano em setembro para 23,4% ao ano em outubro – a maior desde fevereiro de 2012 (24% ao ano). A taxa de todas as operações (pessoas físicas e jurídicas), ainda com recursos livres, avançou de 31,9% ao ano em setembro para 32,8% ao ano em outubro – a maior desde outubro de 2011, quando somava 33,2% ao ano.
G1
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