Cinco coisas que você não sabe sobre a história de Salvador

A história vai muito além do que aprendemos nos livros didáticos. Sempre existem detalhes, pequenos ou grandes, que ficam esquecidos e se tornam curiosidades. Salvador é a primeira cidade do Brasil, com fundação oficial no dia 29 de março de 1549, mas sua história começa 48 anos antes, com a descoberta da Baía de Todos os Santos, que reunia qualidades para se tornar referência para os navegadores. 

“A primeira capital do Brasil completa hoje 472 anos da história! Aproveito para parabenizar o prefeito, Bruno Reis, pela excelente gestão em meio às dificuldades enfrentadas devido à pandemia da COVID-19, seguindo os passos do seu antecessor, ACM Neto, e aos soteropolitanos, desejo muita paz, prosperidade e saúde para que, em breve, possamos festejar essa data juntos.” Acrescentou Júnior Borges.

Ao longo desses 472 anos a partir da data oficial de fundação, Salvador guarda história, arquitetura, sincretismo, cultura e muito mais. Mas hoje iremos falar de algumas curiosidades sobre a capital baiana que muita gente não conhece. Com ajuda de Louti Bahia, dono da página Amo a História de Salvador e pesquisador de cidades, listamos algumas dessas histórias. Confira:

– A construção

Em 1549 Tomé de Sousa chegou nas terras da Baía de Todos os Santos com 1.000 homens que atravessaram o Atlântico em seis embarcações. A curiosidade está justamente em quem eram essas pessoas. 

“Um terço era de soldados, um terço de profissionais especializados em construção – marceneiros, carpinteiros, pedreiros, etc – e o outro terço eram degredados que ganharam a liberdade em troca do trabalho pesado na construção da primeira capital do Brasil. Com Tome de Sousa vieram também seis padres jesuítas liderados pelo Pe. Manoel da Nóbrega que, um ano depois da chegada, percebeu um grave problema: não tinha mulheres no local. Chegaram 1.000 homens e nenhuma mulher. O padre, sensível aos apelos constantes dos homens que queriam esposar e constituir família, escreveu ao Rei de Portugal uma carta onde apelou para que Portugal enviasse mulheres. E realmente elas chegaram algum tempo depois trazidas da França”, conta o pesquisador.

– Farol da Barra

Foto: Reprodução / Instagram Amo A História de Salvador

Salvador foi descoberta em 1501, porém só foi fundada oficialmente em 1549. Por isso, alguns pontos importantes da cidade até hoje têm uma história anterior a fundação da cidade. É o caso do Farol da Barra. 

Você sabia que na sua versão original, o Farol feito de madeira e palha? “Ele foi erguido em 1536 por Francisco Pereira Coutinho, o donatário da Capitania Hereditária da Baía de Todos os Santos”, explica Louti. 

– Principais construções

Muitas das construções que fazem parte da rotina dos soteropolitanos foram construídas lá atrás, na época da fundação da cidade. De acordo com o pesquisador, as primeiras e mais importantes construções foram a Casa de Câmara e Cadeia, atual Câmara de Vereadores; o Palácio do Governo, atual Palácio Rio Branco; a praça central, atual Praça Municipal; e as duas igrejas diretamente ligadas à Cidade do Salvador, a Igreja da Ajuda, conhecida como Sé de Palha, erguida dentro dos muros da cidade, e a igreja da Conceição, erguida fora dos muros da cidade. 

“Vale ressaltar que quando a Cidade do Salvador foi erguida, a igreja da Graça já existia -é de 1535. Para entender isso, imagine que a Cidade do Salvador era uma cidade murada que se estendia da atual Praça Castro Alves até a atual Praça Municipal. Tudo mais era mata-atlântica e existiam muitas aldeias indígenas pelo território que hoje a nossa metrópole ocupa”, explica.

– Porto da Barra

Já pensou no Porto da Barra como uma Vila? A mais famosa praia da capital baiana era a Vila do Pereira e depois passou a ser chamada de Vila Velha, quando a cidade surgiu. 

– Pelourinho

Foto: Acervo Salvador Antiga

O Centro Histórico que atrai milhares de turistas e que é um dos pontos mais conhecidos de Salvador, ganhou o nome de Pelourinho por motivos nada nobres. 

Na verdade, o termo pelourinho é o nome dado a um tronco onde se amarrava qualquer cidadão que cometesse algum crime, tendo sido instalado em 1549.

Posteriormente, ele virou instrumento de massacre de escravizados e foi transferido para uma ladeira que veio a ser então chamada de Ladeira do Pelourinho.

Fonte: IBahia

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