Na noite desta quarta-feira (03/06), o programa Conectados, transmitido pelas redes sociais do Bahia no Ar, contou com a participação, por videoconferência, do vereador e ex-secretário de Habitação de Camaçari, Júnior Borges (DEM). Na oportunidade, ele foi questionado sobre a atuação da Casa Legislativa no enfrentamento do novo coronavírus (Covid-19), e também falou sobre a renovação política no município.
Questionado pelo radialista Roque Santos se tinha ‘medo’ da renovação política, o vereador foi pontual e afirmou que “não”. No entanto, ao longo de sua resposta, garantiu que esse processo é “natural” e que é necessário “tentar evitar” a desmoralização da política, bem como do próprio político.
“Não, eu acho que assim, não é medo, eu acho que é um pouco do que eu falei ainda a pouco sobre o vereador Vaninho e vereador Val. Acho que quando eu entrei na Câmara de Vereadores em 2012, e fui eleito em 2012, posso dizer que a Câmara teve uma renovação. Apareceu quadros novos, quadros que deram certo, outros que não deram e que ficaram pra trás, alguns vereadores que não foram reeleitos. Nesse momento, momento de eleição, é natural que surjam pessoas, lideranças novas, como Jamesson, como Dudu do Povo, como Ivande [Pires], como Mar de Areias, como nosso querido amigo Deni de Isqueiro, como Fafá de Senhorinho, uma grande, que assumiu lá como vereadora, Dedel, ou seja, nós temos um grupo de pessoas que estão prontas, preparadas pra assumir um parlamento. Então, o que é que a gente tem que entender? Que isso é natural! O que a gente tem que tentar evitar é desmoralizar a política, desmoralizar o político, porque todo e qualquer político ele tem suas limitações legais, seja limitações individuais e intelectuais e sejam limitações do ponto de vista daquilo que você faz”, começou.
Em seguida, Júnior Borges ressaltou que ainda existe “uma incompreensão” de parte da população, no que diz respeito ao entendimento sobre a atuação de um vereador, ou seja, sobre o que de fato é função do parlamentar, quais são seus “limites”.
“Existe uma incompreensão por parte da nossa população, e que nós, enquanto políticos, de mandato inclusive, precisamos ter coragem de dizer às pessoas. O vereador, ele não tem função de executar, de executor. Mas, a população ainda acha, infelizmente, temos figuras na política que trabalham dessa forma, fazendo a promessa de que ele vai executar. Ele não vai executar, até porque ele aprova um orçamento na Câmara, nós aprovamos um orçamento todos os anos na Câmara, a gente aprova”, frisou.
“A gente tem que entender que as ações do governo, elas foram autorizadas pelo Legislativo, e a função do Legislativo é fiscalizar o uso do dinheiro público e as ações que o governo está fazendo. Ou seja, se a gente entender isso, a gente jamais vai chegar em localidade nenhuma e dizer que vereador não executa isso e não executa aquilo. A gente precisa saber qual é, de fato, o papel do Legislativo Municipal, em especial do vereador, porque, infelizmente, isso é uma cultura que foi implantada, inclusive, pelos próprios políticos, pelos próprios vereadores, de dizer que faz e acontece, que dá emprego, que faz rua, que coloca lâmpada, que coloca poste. O vereador até vai indicar que melhore uma rua, que faça uma rua, que pavimente, que coloque iluminação pública, que construa uma escola, ele vai indicar para o governo municipal que naquela comunidade específica existem necessidades e que é necessário que o poder público municipal faça as ações”, acrescentou.
Veja a entrevista na íntegra
Fonte: Bahia no Ar
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