O otimismo voltou. Ao menos para o mercado de comunicação e este segundo semestre vai marcar o início da retomada da economia brasileira. Quem aposta nisso é o presidente do Sindicato das Agências de Propaganda do Estado da Bahia (Sinapro-BA), Gustavo Queiroz. Segundo ele, o empresariado brasileiro alimenta o desejo de investir, mas para transformar o desejo em ação espera o fim da incerteza política, que terá seu capítulo final em agosto com a votação final do impeachment.
Um movimento político que acontece numa época do ano tradicionalmente favorável à economia, devido às eleições, Dia das Crianças, Natal e início do Verão. “O segundo semestre será mais forte que o primeiro, apontando para a recuperação. Mas não será a salvação, pois o gap é muito grande”, observa somando realismo a sua análise. Segundo ele, os clientes já voltaram às agências para planejar ações de final de ano e discutir orçamentos. “O varejo é um setor muito forte na Bahia e todo mundo tem metas a cumprir. Como o primeiro semestre foi ruim, a aposta é para bater as metas nesta época. Por isso, os investimentos em comunicação vão surgir”, diz.
Campanha pró-campanhas
Comunicação é tradicionalmente o primeiro setor a sentir os efeitos da crise (aquele que primeiro sente os cortes de orçamento) e o último a se recuperar. Ainda assim, Queiroz projeta que os orçamentos das campanhas publicitárias deste ano fiquem em linha com os de 2015, com uma pequena, mas esperada redução. “Não será um corte radical”. O que deve mudar, segundo observa, é que este orçamento estará mais dividido, entre mídias tradicionais e digitais. E para não perder a oportunidade que se vê no horizonte e enxergando a comunicação como ferramenta potencializadora, a Federação Nacional e a Associação Brasileira das Agências (Fenapro e a Abap) lançaram uma campanha para estimular os investimentos em propaganda. “A campanha é para manter a visão de que a economia bai melhorar, e que quem estiver preparado, mantendo seus investimentos, vai sair na frente”, destaca.
Novos produtos para um novo mercado
Depois de cinco décadas atuando no segmento de higienização institucional, a Indeba lançou uma nova linha de produtos, a Pratt, destinada à limpeza de empresas de diferentes segmentos, como clínicas e hospitais, que demandavam produtos de “prateleiras” e que não precisem de manuseio especializado ou com orientação técnica. De acordo com o diretor-geral da Indeba, Juan Lorenzo, a iniciativa vinha sendo planejada há pelo menos dois anos a partir de uma análise do mercado e do desejo de atender a uma demanda que sempre chegou à empresa.
“Nós sempre fomos inquietos, interessados em entender e atender às demandas que chegam até nós, ou que identificamos no mercado. Tínhamos uma crescente demanda por produtos para uso em limpezas mais simples, que não exigem processos mais complexos, específicos e que não demandam orientação técnica para aplicação”, explica. Ainda segundo ele, com o novo negócio, a empresa aposta no aumento de 50% da sua produção mensal, e também na ampliação de sua equipe comercial de representantes cadastrados para a venda de produtos no mercado atacadista em até dois anos.
Fonte: Correio
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