O Tribunal de Contas da União (TCU) levou ao plenário do tribunal, nesta quarta-feira (3), o resultado de uma Auditoria Operacional sobre o Sistema Elétrico Brasileiro. O ministro-relator, José Jorge, disse que 79% das usinas hidrelétricas em construção no país não cumpriram com o cronograma inicial, apresentando algum tipo de atraso.
No caso da energia eólica, o número chega a 88% e nas térmicas, 75%. A Auditoria Operacional sobre o Sistema Elétrico Brasileiro, elaborada pela Secretaria de Fiscalização de Desestatização e Regulação de Energia e Comunicações (SefidEnergia) do TCU, traz uma análise sobre o cumprimento e a sincronia entre cronogramas para que obras de geração e de transmissão de energia no país comecem a operar.
O relatório, avaliou obras feitas desde 2005 e traz ainda os impactos causados pelos atrasos e descompasso dos projetos. Segundo os dados levantados pela equipe que elaborou o estudo, entre as causas dos atrasos estão pontos como questões ambientais e a ausência de estudos sobre os prazos que seriam mais adequados para cada tipo de construção. “O primeiro elemento fundamental é o tempo que a engenharia pode fazer aquela obra. Se tem uma hidrelétrica de tamanho tal pode ser construída em três anos e se você colocar em dois anos, certamente ela vai atrasar”, disse o ministro-relator.
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