Desde o início da pandemia, a lista com o material escolar tem aumentado. Cada vez mais, o caderno e a caneta para anotações tem sido substituídos pela tela do computador e do celular.
“É muito mais fácil, tanto é que, se você estiver em outro lugar, você pode usar na hora, porque o celular está sempre com a gente”, relatou uma jovem estudante.
É que a tecnologia trouxe com ela uma maneira mais divertida de aprender.
“Tenho vários aplicativos no iPad para fazer resumos, o Google apresenta ações para fazer”, contou outra aluna.
A tecnologia foi uma importante aliada de professores e alunos. Muitos docentes precisaram usar a criatividade para despertar o interesse dos estudantes nas aulas online, por exemplo. E, uma maneira de ganhar a atenção deles foi adaptar os conteúdos ministrados na sala de aula para o TikTok — aplicativo que virou fenômeno na internet, sobretudo entre os jovens.
“É um projeto de História e Geografia sobre desigualdade. A gente pega o tema HipHop e a gente dividiu em três partes: o rap, que eles vão elaborar a letra de um rap com a gente, em sala de aula; a dança, que eles estão gravando no TikTok essa dança e o grafite, que a gente vai fazer oficina de grafite com os alunos. Os alunos vão fazer a oficina”, contou a professora de Geografia de um colégio em São Paulo, Alessandra Garcia Vieira.
E a moda pegou ao redor de todo o universo estudantil.
Lucas Moreno é professor de Química há 5 anos. Com a pandemia, teve a ideia de produzir videoaulas de até um minuto. O resultado foi tão positivo que ele já tem mais de 281 mil seguidores na plataforma e montou até um mini estúdio em casa.
“Eu tenho muito alunos que assistem muito os meus vídeos, mas eles também têm aula comigo presencial, nas escolas. E eles realmente falam que tem alguma maior facilidade”, relatou o professor.
“Em uma sociedade na qual a gente tem estudantes cada vez mais imediatistas, cada vez mais carecendo de respostas rápidas, on time, imediatas e uma resposta também onde não se tem muito tempo para escutar a resposta por completo, com grau de profundidade. A rede social acaba assumindo bem esse espaço”, analisa o educador Pedro Rocha.
A tecnologia é usada para atrair os jovens, mas será que esse formato audiovisual compromete de alguma maneira o aprendizado?
“É algo que escola e família precisam andar juntas para conseguir dosar o acesso dessas crianças nesses meios”, orienta Rocha.
Não há dúvidas de que a tecnologia ajuda a aproximar alunos e estudos, mas como tudo na vida, o ideal é ter equilíbrio.
*Produzido por Juliana Alves
Fonte: CNN Brasil
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