A taxa de transmissão (Rt) da covid-19 no Brasil subiu esta semana e voltou aos patamares de descontrole da doença. Na nova avaliação do Imperial College de Londres, o índice é de 1, ou seja, está no limiar dos níveis de descontrole. Isso significa que cada infectado transmite a doença para mais uma pessoa.
“O problema é que uma porcentagem expressiva da população está agindo como se a pandemia não existisse. Praias lotadas, bares, festas no meio da rua. É preciso haver consciência dessa parte da população que desacredita na doença e na gravidade dela. Precisamos nos importar com nossas vidas e de milhões de outras.” Júnior Borges.
Na avaliação anterior, o país registrou a menor marca desde a intensificação da pandemia, com Rt em 0.94, mas não conseguiu manter a queda. Índices de 1 para cima indicam descontrole da transmissão e, com isso, o Brasil volta ao rol de nações com a doença sendo considerada ativa.
Até agosto, o Brasil chegou a ficar por 16 semanas consecutivas com Rt acima de 1, sendo o país da América Latina com mais longa permanência nos altos patamar de transmissão. O status do contágio continua sendo considerado lento a estagnado.
Este é um dos indicadores que ajuda no controle da epidemia, mas, para se manter baixo, precisa estar alinhado com outros elementos, como números de novos casos e óbitos, taxa de ocupação de leitos, e dados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag).
No rol dos 72 países avaliados, o Brasil tem a 35ª maior taxa de contágio, uma piora de 12 colocações em relação a semana passada.
Fonte: Correio Braziliense
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