Mesmo sem a presença de representantes do Governo do Estado e da Bahia Norte, concessionária responsável pela praça de pedágio da Via Parafuso, os vereadores de Camaçari debateram a duplicação da Via Parafuso, as praças de pedágio e os impactos delas nas comunidades locais. O tema foi o foco da audiência pública realizada nesta quinta-feira, 24, no plenário da Casa.
A audiência foi presidida pelo vereador Sessé Abreu (PRTB), que lamentou a ausência dos representantes das partes envolvidas na discussão. Segundo o edil, foram convidados o diretor da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba), Eduardo Pessoa, e a assessora de desenvolvimento Socioambiental da Concessionária Bahia Norte, Leani Mattei.
Participaram o secretário municipal de Infraestrutura, Everaldo Siqueira, a secretária de Desenvolvimento Urbano, Ana Lúcia Costa, o presidente da Associação Comunitária de Parafuso, Gilberto Santos, o presidente da Associação dos Produtores Rurais de Camaçari, Luciano Santana, o presidente da Associação de Moradores da Colônia de Férias Montenegro, Deogival do Carmo e o representante do Movimento Pedágio Livre, Eliomar Santos.
Júnior Borges (DEM) ressaltou que os poderes ligados ao governo do estado têm dado pouca importância a Camaçari. “Esse tipo de coisa acontece aqui porque o governo do Estado não respeita o povo de Camaçari. A Bahia Norte menos mal, pois é um órgão privado, mas o que a Agerba fez com os vereadores desta Casa foi um verdadeiro absurdo”, relatou.
O vereador Sessé Abreu foi drástico. “As empresas concessionárias e o governo do Estado mostraram que não respeitam o povo de Camaçari nem a Câmara de Vereadores. As políticas de Estado devem ser feitas adequando seus projetos às comunidades locais para evitar transtornos e facilitar a vida de todos”, desabafou.
Dos convidados, quatro fizeram uso da palavra. O representante dos produtores rurais, Luciano Santana, teceu críticas ao pedágio. “São construídos pedágios em frente às nossas casas e não dão segurança para sequer nossos filhos atravessarem as pistas para irem para a escola”, registrou, mencionando a falta de espaços destinados aos pedestres.
O público presente no plenário da Câmara pôde interagir, porém, diante da audiência da Bahia Norte e do Governo do Estado, as participações ganharam caráter de denúncias. Houve vários relatos sobre os impactos causados pelo pedágio nas comunidades vizinhas.
Assessoria de Comunicação
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