O pedido de quebra de sigilo feito por uma promotora que investiga o ex-ministro José Dirceu atingiria até aparelhos usados no Supremo Tribunal Federal (STF) e Congresso Nacional. As antenas que cobrem a região apontada como alvo pelo Ministério Público do Distrito Federal cobrem a área da praça dos Três Poderes, no centro de Brasília, que abriga as sedes do Executivo, do Legislativo e do Judiciário.
A promotora Márcia Milhomens Sirotheau Corrêa é a responsável por analisar o suposto uso de um celular por Dirceu de dentro da Papuda. Mas no documento enviado à Vara de Execuções Penais do DF, ela apontou duas coordenadas geográficas sem indicar as áreas correspondentes. Ouvidos pela Folha de S. Paulo, técnicos da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) confirmaram o alcance do pedido.
Ao tomar conhecimento da extensão da área, o governo reagiu imediatamente e entrou com uma reclamação disciplinar contra a promotora na Corregedoria do Conselho Nacional do Ministério Público. O órgão tem o poder de avaliar a conduta de seus integrantes.
A AGU (Advocacia-Geral da União), órgão que representa juridicamente o governo federal, critica a solicitação “ampla, geral e irrestrita, sem qualquer explicação”. A promotora afirmou nesta quarta-feira (17), por meio de sua assessoria, que só se manifestará sobre o caso nos autos do processo.
Bahia Notícias
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