Vereador cobra leite especial para crianças com intolerância à lactose

Depois de ter participado de um encontro de pais e mães que têm filhos com intolerância à lactose, na última sexta-feira, 8, o vereador Júnior Borges (DEM) chamou a atenção do secretário de Saúde, Vital Sampaio, para o problema que já dura há 8 meses. “O secretário de Saúde tem responsabilidade, sim, a função dele é cuidar das pessoas”, argumentou, em tom irritado.

De acordo com informações do parlamentar, ao todo, o município tem 90 crianças que não podem fazer uso do leite comum. O que, para ele, significa que “são 90 crianças que correm risco de morte, caso uma solução urgente não seja tomada pelo secretário”.

O vereador ressaltou que até o ano passado as latas de leite especiais eram dadas pela prefeitura aos pais, mediante a comprovação do problema na família, mas isso só aconteceu até o mês de março. “Até março ia tudo bem, apesar de terem diminuído o número de latas de leite, mas desde abril essas pessoas estão sem receber o alimento de seus filhos”.

Outro grande vilão que causa a falta de leite para as crianças alérgicas é o valor, cada lata dessa, segundo o próprio vereador, pode chegar a R$ 400, o que é difícil manter para famílias assalariadas. “A mais barata custa R$ 200 e a mais cara R$ 400, um custo que está distante da realidade dessas famílias”.

Revoltado, o vereador Jorge Curvelo (DEM) chegou a propor que cada vereador adotasse a dívida e garantisse o leite, pelo menos, de uma criança, seria a solução para apenas 19 casos, restando ainda um saldo de 71 crianças sem a sua fonte de alimentação. Jorge chegou a se comprometer em bancar as despesas com o leite de uma das crianças. “Se o governo não arca com a responsabilidade, eu me comprometo a ajudar pelo menos uma criança dessas todo mês”.

Borges mandou o recado ao prefeito Ademar Delgado e sugeriu que ele tomasse para si a responsabilidade do caso. “Já que o secretário de Saúde não resolve o problema, que o senhor tome para si a causa e acabe com o sofrimento dessas crianças”. E completou deixando um peso a mais na consciência do prefeito. “Se uma criança dessas morrer a culpa será total e exclusiva do Executivo”, sentenciou.

Henrique da Mata/assessoria de comunicação

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