Elly Nascimento faz relato sobre violência doméstica em live de Júnior Borges

Durante live (23/7) do vereador Júnior Borges (DEM), a cantora e compositora, Elly Nascimento, vencedora do concurso “A voz de Camaçari” foi uma das convidadas, ao lado da socióloga Alba Borges e da Dra. Maria Tereza, delegada da 1ª Delegacia de Homicídios de Atlântico e ex-titular da 4ª Delegacia de Homicídios de Camaçari.

Na conversa sobre lutas e conquistas das mulheres negras, um dos pontos mais discutidos foi a violência doméstica, que atinge em sua maioria mulheres negras.

Elly Nascimento surpreendeu com um relato de violência doméstica. A cantora contou o seu processo de rompimento com o ciclo que vivenciou em um relacionamento anterior.

“A minha história de vida se mistura com a história de várias outras mulheres negras, assim como eu. Eu, num casamento anterior, fui vítima de violência doméstica. É uma prisão muito maior do que a financeira, inclusive eu tinha o meu dinheiro, eu tinha o meu trabalho. Só que é difícil você sair”, contou.

Júnior Borges reiterou a importância do relato de Elly Nascimento para encorajar outras mulheres.

“Está sendo a voz de mais de 50% da população dessa terra aqui nesse momento. Você não só é a voz de Camaçari, mas um exemplo de mulher, de superação”, afirmou Júnior Borges.

A socióloga Alba Borges destacou que a violência doméstica está ligada à estrutura patriarcal da sociedade e que o caminho para a mudança está na educação. “É educando que a gente transforma”, concluiu.

A Drª Maria Tereza compartilhou as experiências profissionais, na condição de mulher negra que ocupa um cargo de poder em ambiente majoritariamente masculino. E reforçou a importância do relato de Elly para o fortalecimento de outras mulheres.

“Elly, deixa eu te dizer uma coisa, tenha certeza que esse exemplo de mulher que você está dando vai salvar muitas outras mulheres, tenha certeza! A DEAM é um veículo que o governo criou para dar um sustentáculo à mulher, mas é o seu exemplo que salva”, afirmou a delegada.

A cantora concluiu reforçando a necessidade de leis mais severas. “Para as mulheres conseguirem se desvencilhar, reconhecer essa força que elas têm, mas sair desse relacionamento vivas”, finalizou.

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